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Psicóloga é achada morta no porta-malas de carro em MG

Rodrigo Scapolatempore

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

23/08/2021 11h49

A psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, foi encontrada morta no porta-malas do próprio carro, na garagem de sua casa, na manhã de ontem, em Pouso Alegre (MG). Ela estava com mãos e pés atados, além de roupas e capacete de ciclismo.

O marido da vítima, um médico veterinário de 62 anos, foi quem encontrou o corpo e ligou para as autoridades. Segundo a Polícia Militar, não havia sinais de arrombamento na residência e nada foi roubado. O caso já está sendo investigado e, por enquanto, ninguém foi preso.

O marido afirmou que estava em uma fazenda nas imediações do município no dia anterior, sábado (21), quando recebeu uma mensagem de Marilda com o aviso de que iria pedalar. Assim que voltou mais tarde para a casa e não encontrou a mulher, pensou que ela ainda estaria praticando o esporte.

Corpo ficou 12 horas no carro

Segundo narrou à polícia, o veterinário foi então até hospitais e delegacias da cidade durante a madrugada para saber se havia alguma ocorrência relacionada a ciclistas. Foi quando, durante a manhã de domingo, resolveu olhar no Toyota Corolla, que era da esposa, e achou o corpo no carro, de acordo com seu relato.

Ao chegar, a PM se deparou com a vítima morta com pés amarrados e mãos atadas, ainda com roupa de andar de bicicleta e capacete de proteção, mas sem sinais visíveis de que teria sofrido violência física ou sexual.

Conforme a análise inicial da perícia, o corpo já estava dentro do porta-malas havia, no mínimo, 12 horas. Na residência do casal, não foram encontrados sinais de arrombamento, assim como nenhum objeto ou dinheiro foi roubado, o que ainda intriga os policiais.

Polícia Civil ouve o marido

A Polícia Civil de Minas Gerais informou hoje ao UOL que o médico veterinário foi ouvido e liberado, mas segue à disposição durante as investigações. Outras pessoas também estão sendo ouvidas.

O celular dele e da esposa ficaram com os peritos para serem analisados e imagens de câmeras de segurança também são procuradas para ajudar na solução do crime.

"A perícia foi realizada e não foram identificados sinais de violência. Outros mecanismos de avaliação, como exames toxicológicos, estão sendo providenciados. O Inquérito Policial instaurado está em andamento com as oitivas e os procedimentos de investigação pela Delegacia de Homicídios em Pouso Alegre", completou a nota.

O UOL questionou sobre a possibilidade de feminicídio, mas, como a investigação ainda está em curso, a polícia disse que não é possível especular versões.

A vítima era natural de Bauru, interior de São Paulo, cidade onde também se formou em psicologia, segundo consta em sua página profissional nas redes sociais. Na Internet, entidades de classe lamentaram a morte de Marilda.