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Tio diz que refém foi morto após ter caído de carro em fuga em Araçatuba

O professor de educação física Márcio Victor Possa da Silva, morto após ataques a agências bancárias em Araçatuba (SP) - Reprodução/Instagram
O professor de educação física Márcio Victor Possa da Silva, morto após ataques a agências bancárias em Araçatuba (SP) Imagem: Reprodução/Instagram

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em Araçatuba (SP)

30/08/2021 22h25Atualizada em 31/08/2021 08h09

O professor de educação física Márcio Victor Possa da Silva, 34, foi morto por não conseguir se segurar no teto de um carro usado na fuga da quadrilha que assaltou três agências bancárias nesta madrugada em Araçatuba, no interior de São Paulo. É o que conta um tio do jovem em entrevista ao UOL.

O advogado Jaime José da Silva, tio de Márcio, relatou que o sobrinho voltava de uma reunião com amigos quando foi abordado pelo grupo armado em uma rua na região central do município.

Estava no carro com duas amigas. Elas foram liberadas, mas ele foi obrigado a servir como escudo humano para proteger os bandidos da polícia.

"Eles pararam o carro deles e começaram a gritar para eles descerem. Meu sobrinho foi retirado à força do veículo, e os bandidos mandaram as duas amigas dele saírem dali. O Márcio ficou de refém, enquanto o grupo terminava de roubar os bancos", conta.

Segundo a família, os assaltantes obrigaram Márcio a subir no teto do carro para evitar que os policiais atirassem no veículo. Ele caiu no meio de uma rua, o que teria irritado os bandidos.

Eles saíram em disparada com o carro e, em uma das curvas, o Márcio não conseguiu se segurar e caiu do teto do carro. Nisso, os bandidos viraram e deram diversos tiros nele, pelo menos nove atingiram o Márcio.
Jaime José da Silva, tio de refém morto em Araçatuba (SP)

Ainda muito abalado, ele relembra como o sobrinho era querido na cidade e pelos alunos da academia onde trabalhava. Além de professor de educação física, Márcio também trabalhava como promoter em festas em Araçatuba e é filho de um investigador da Polícia Civil.

"Era um rapaz muito querido e bastante conhecido por todos. Ninguém está acreditando no que aconteceu", diz.

Seu corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), de onde sairá para o velório a partir das 8h de amanhã.