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'Purple Drink': Polícia investiga produção de bebida com remédio controlado

Grupo publicava o "Purple Drink" nas redes sociais - Divulgação/PCDF
Grupo publicava o 'Purple Drink' nas redes sociais Imagem: Divulgação/PCDF

Do UOL, em São Paulo

01/09/2021 12h04Atualizada em 01/09/2021 18h53

Uma organização criminosa responsável pelo desvio de receitas médicas foi alvo de ação da Polícia Civil do DF na noite de ontem. Segundo informações da corporação, os suspeitos eram responsáveis por adquirir medicamentos de uso controlado para a produção de uma bebida chamada "Purple Drink", comercializada em plataformas de e-commerce e pelas redes sociais.

Dois integrantes do grupo foram presos em Ceilândia Norte. De acordo com a polícia, a 5ª Vara da Fazenda Pública do DF havia expedido um mandado de prisão temporária contra os suspeitos. Já um terceiro membro foi preso na segunda-feira (29), durante uma abordagem de rotina realizada pela polícia goiana.

As investigações duraram cerca de três meses. O grupo publicava na internet atestados e receitas médicas para todos os tipos de medicamentos, desviava receituários, falsificando carimbos médicos e prescrevia os remédios de uso controlado. "Com esse procedimento, os criminosos compareciam a diversas farmácias do Distrito Federal e adquiriam a medicação utilizada para produzir a bebida", afirma o delegado e coordenador da Cord, Rogério Oliveira.

O "Purple Drink", como é conhecida a bebida, é uma mistura de um analgésico oral utilizado para dor aguda e crônica com outras substâncias, que deixa a bebida com cor roxa e sabor adocicado. Segundo a polícia, a bebida vinha encontrado cada vez mais adeptos entre os jovens. O UOL não divulgará os ingredientes a fim de evitar sua disseminação.

Nas redes sociais, os fabricantes ostentavam uma vida de luxo e publicavam fotos e vídeos com uma grande quantia de dinheiro, além de mostrar as drogas que eram comercializadas pelo grupo.

"Em postagens nas mídias sociais, o grupo gabava-se, inclusive, de ter acabado com o estoque do medicamento de uma farmácia desta capital. A investigação chegou ao expressivo número de 88 frascos adquiridos pelo grupo nos últimos seis meses", conta o delegado Rogério de Oliveira.

Os suspeitos irão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e falsificação de documento.

Cocaína Rosa

Em agosto, um homem de 54 anos foi preso suspeito de traficar cocaína rosa em áreas nobres de Brasília e na Esplanada dos Ministérios. A droga tem alto valor de mercado e é considerada muito alucinógena.

O suspeito vivia em uma uma residência de alto padrão, onde a polícia encontrou, dentro de um cofre de aço, cerca de três quilos de cocaína, uma pistola calibre 380 importada e diversas munições.