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Caso Miguel: DNA do menino é achado em mala e confirma transporte do corpo

Mala onde corpo da criança foi colocado e transportado para ser jogado em rio pela mãe da vítima, segundo a Polícia Civil - Reprodução/RBS TV
Mala onde corpo da criança foi colocado e transportado para ser jogado em rio pela mãe da vítima, segundo a Polícia Civil Imagem: Reprodução/RBS TV

Do UOL, em São Paulo

13/09/2021 16h03Atualizada em 13/09/2021 16h03

Material biológico do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foi encontrado em uma mala recuperada pelas operações de busca pelo corpo do menino, que desapareceu em 29 de julho, em Imbé, litoral do Rio Grande do Sul.

Um dia depois do desaparecimento, a mãe de Miguel, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, procurou a polícia para relatar a ocorrência mas acabou confessando ter dopado o filho e jogado seu corpo no rio Tramandaí, transportando-o em uma mala. Pouco depois, sua companheira, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23, também admitiu participação no crime. A presença de DNA na bagagem é considerada uma forma de comprovar o destino do corpo da vítima, mesmo sem a localização dos restos mortais.

A presença do material biológico de Miguel foi confirmada ao UOL pelo delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos Ractz Júnior. Ele afirmou que, com a descoberta do material biológico, é a favor do encerramento das buscas pelo corpo da criança, mas que caberá aos bombeiros a decisão de interromper ou não a operação.

Yasmin e Bruna foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul em 17 de agosto, por tortura, homicídio e ocultação de cadáver. Na ocasião, o UOL não conseguiu contato com a defesa das denunciadas.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela investigação mostram as duas andando pelas ruas de Imbé na noite do crime, carregando uma mala onde estava o corpo de Miguel.

Segundo o promotor de Justiça do caso, André Tarouco, após dias de tortura, intenso sofrimento mental e emocional e várias agressões contra a criança, no dia 29 o "casal rompeu as articulações dos membros inferiores e superiores do corpo da vítima e a colocaram em uma posição semelhante à fetal, dentro de uma mala de viagem". Elas caminharam até o rio, onde jogaram o corpo do menino.