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'Gatinha da Cracolândia' diz que considerava vida antes da prisão 'normal'

Lorraine Bauer cedeu primeira entrevista desde a prisão e afirmou ter sofrido com "oportunismo" de autoridades - Divulgação/Record TV
Lorraine Bauer cedeu primeira entrevista desde a prisão e afirmou ter sofrido com "oportunismo" de autoridades Imagem: Divulgação/Record TV

Do UOL, em São Paulo

17/09/2021 16h13Atualizada em 18/09/2021 08h32

Lorraine Bauer Romeiro, que ficou conhecida pelo apelido de "gatinha da Cracolândia", afirmou que considerava sua vida no centro de São Paulo "normal" e que não imaginava que poderia ser suspeita em um esquema de tráfico de drogas na região.

Ela está presa desde 22 de julho deste ano. Na sua casa em Barueri, policiais encontraram mais de 400 porções de crack, cocaína, maconha e ecstasy, além de quase 100 frascos de lança-perfume. A mulher de 19 anos ainda guiou os agentes até um hotel no bairro Santa Cecília, já na capital paulista, onde encontraram uma mochila com 85 porções de maconha, 295 de cocaína e oito de crack.

"Assim, para mim, sempre foi normal. Sempre não. Até quando eu conheci, quando eu comecei a conhecer as coisas, ver como que funcionava, para mim tinha se tornado normal, porque para mim eu não estava fazendo nada de errado, para mim nunca ia acarretar em cima de mim", afirmou Lorraine em sua primeira entrevista desde a prisão, com o jornalista Roberto Cabrini, que será exibida no próximo "Domingo Espetacular".

Apesar dos comentários sobre sua vida na Cracolândia, a mulher afirma que "não é nada" do que foi mostrado pelas investigações e acusa a polícia de distorcer fatos sobre ela.

Lorraine tinha mais de 30 mil seguidores em seu perfil no Instagram quando foi detida, mostrando um estilo de vida luxuoso nas redes sociais. Outras fotos, tiradas pela investigação, mostraram sua rotina em meio à venda de drogas no centro de São Paulo.

"Eu não sou nada do que mostraram. Nada do que falaram que eu sou, absolutamente nada", defende a investigada. "Eles (a polícia) foram oportunistas em usar coisas que eu fazia para vincular ao crime", completa.

A reportagem ainda entrevistará alguns dos familiares de Lorraine e fará um perfil visitando lugares frequentados por ela ao longo de sua vida, como a escola em que estudou.