Topo

Esse conteúdo é antigo

Baleia de 20 metros ameaçada de extinção é achada morta no PR

Baleia-fin é a segunda maior espécie desse tipo de mamífero nos oceanos; carcaça deve levar três dias para ser enterrada - Divulgação/LEC
Baleia-fin é a segunda maior espécie desse tipo de mamífero nos oceanos; carcaça deve levar três dias para ser enterrada Imagem: Divulgação/LEC

Do UOL, em São Paulo

23/09/2021 12h08Atualizada em 23/09/2021 15h24

Uma baleia-fin (Balaenoptera physalus) de cerca de 20 metros foi encontrada morta e em estado avançado de decomposição ontem, na Praia Grande da Ilha do Mel, em Paranaguá (PR).

Equipes do PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos) realizaram a coleta biológica e necropsia para estudar a causa da morte do animal e hoje seguem com uma força-tarefa junto à Prefeitura para enterrar o restante da carcaça, o que deve levar três dias, devido ao tamanho do mamífero.

A beleia-fin é considerada ameaçada de extinção e este foi o primeiro registro de um encalhe da espécie no local.

Segundo o LEC (Laboratório de Ecologia e Conservação) da UFPR (Universidade Federal do Paraná) o animal era um macho adulto, da segunda maior espécie de cetáceo existente no oceano, ficando atrás apenas da baleia-azul.

A operação de resgate envolveu cerca de 60 pessoas, incluindo integrantes do LEC, do PMP-BS, da prefeitura, técnicos do IAT (Instituto Terra e Água), além de comunitários da ilha. A decisão de enterrar o animal tem o intuito de manter a produtividade associada ao processo de decomposição que, segundo informa o laboratório, é essencial para garantir a pesca no litoral.

baleia - Divulgação/LEC - Divulgação/LEC
Equipes levarão amostras para análise
Imagem: Divulgação/LEC

Para a bióloga Camila Domit, coordenadora do LEC, será possível coletar amostras biológicas que ajudam no desenvolvimento de pesquisas de interesse global.

"Este é um registro incrível para a nossa região, e o trabalho da equipe que conduz a necropsia permitirá que os pesquisadores avaliem a condição de saúde e a possível causa da morte do animal", disse ela.

A bióloga ainda afirmou que espera que, mais tarde, o esqueleto possa compor o acervo Museu de Ciências Naturais da UFPR.