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Motorista de aplicativo é investigado por agressão a mãe e filha, no Ceará

Agressão foi registrada por câmeras de segurança de residencial em Passaré, Fortaleza - Divulgação
Agressão foi registrada por câmeras de segurança de residencial em Passaré, Fortaleza Imagem: Divulgação

Camila Mathias

Colaboração para o UOL, em Fortaleza

10/11/2021 20h56

Mãe e filha denunciaram agressões de um motorista de aplicativo antes de uma corrida, no bairro Passaré, em Fortaleza. Segundo a filha, que preferiu não se identificar, ela estava na companhia do filho de 7 anos, quando o condutor teria sido violento contra ela, chegando a empurrar a mãe dela, de 69 anos. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança.

O UOL opta por não publicar imagens explícitas de casos de violência contra a mulher.

Ao UOL, a vítima, de 48 anos, contou que o comportamento agressivo do rapaz teria começado após ela ter batido as sacolas de compras na porta do carro. O homem não gostou e começou a sair com o veículo, antes que a idosa estivesse totalmente acomodada — inclusive com a porta ainda aberta.

Segundo o boletim de ocorrências registrado pela Polícia Civil, nesse momento, a mulher reclamou, pedindo "atenção" e uma discussão teve início. De acordo com o relato, ela chegou a mandar o condutor seguir viagem e ele teria reagido. Em seguida, a mulher teria dito para cancelar a viagem e teria ouvido xingamentos diversos, antes do homem descer do veículo e as agressões terem início. Ele chegou a derrubá-la no chão e a empurrar a idosa, na frente da criança.

Ele me bateu que eu não conseguia ficar em pé. Ele ainda disse que ia pegar o revólver e que ia me matar.

Nas imagens, o motorista apareceu indo fechar a porta traseira do lado oposto ao do motorista e, quando entrou em contato com a senhora, a filha interveio e gritou por socorro. "Se ele batesse na minha mãe como ele me bateu, ela não ia sobreviver. Eu levantei rápido e falei pra ele largar a minha mãe [...] Depois que ele parou de bater na gente, entrou no carro e engatou a ré. Naquela hora eu pensei que ele fosse atropelar a gente", afirmou, dizendo ainda que o condutor foi embora levando os pertences da família.

Segundo a vítima, elas entraram em contato com a Uber, mas não foi informada sobre providências. Procurada, a companhia alegou, em nota oficial, que considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres. Ainda informou que a conta do motorista foi desativada assim que a empresa tomou conhecimento do episódio e que está consultando a Justiça para definir como agir em relação às compras das passageiras.

No mesmo dia, a família foi no 13º Distrito Policial prestar boletim de ocorrência e no IML fazer o exame de corpo de delito. "Fiquei com meu tornozelo sangrando e com muita dor. Mas a minha dor maior é na alma. Eu só pensava que ia morrer na frente do meu filho e da minha mãe", contou, emocionada.

A Polícia Civil informou que apura a ocorrência, classificada como lesão corporal dolosa. Segundo a polícia, um boletim de ocorrência foi registrado no 13º Distrito Policial, unidade plantonista da Polícia Civil. Depois, o caso foi transferido para o 16º Distrito Policial.

Ainda não ouvido pela polícia, sem defesa constituída e sem contato disponibilizado pela companhia, o homem ainda não foi localizado pela reportagem do UOL. Assim que houver manifestação, este espaço será atualizado.