Prefeitura diz que GCM agiu para garantir segurança durante manifestação
A Prefeitura de São Paulo comentou as manifestações contra a reforma da previdência municipal em frente à Câmara Municipal e o confronto com a GCM (Guarda Civil Metropolitana) com os manifestantes. Em nota, o executivo argumentou que a atuação da GCM visou "garantir a segurança do local, dos manifestantes e servidores do legislativo municipal".
No fim da tarde e início da noite, servidores públicos tentaram derrubar o portão e ameaçaram invadir a Câmara Municipal. A GCM interveio com bombas de gás lacrimogêneo e recebeu apoio da Polícia Militar. Uma servidora sofreu fratura exposta e precisou ser conduzida para um hospital.
A situação foi controlada por volta das 19h, mas os servidores seguem no Viaduto Maria Paula, no centro de São Paulo.
O executivo disse manter "diálogo permanente com todas as entidades sindicais" e afirmou ter preocupação com a "sustentabilidade do sistema previdenciário municipal e com a responsabilidade fiscal".
"O déficit atuarial estimado para longo prazo atualmente é de R$ 171 bilhões, um dos principais riscos fiscais do município. Com a proposta, a estimativa é que esse rombo seja reduzido em R$ 111 bilhões, ou seja, queda de 65% no déficit", diz a nota.
O projeto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem discussão e votação previstos para hoje. A sessão foi iniciada apesar dos protestos.
Entre os pontos do projeto mais criticados pelos servidores estão o aumento da idade mínima de aposentadoria no município que passa, com exceção dos professores, para 62 anos para as e 65 anos para os homens. O mesmo modelo aplicado pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
Além disso, os trabalhadores do serviço público municipal reclamam do fim da isenção de contribuição previdenciária aos aposentados e inativos, que hoje é de 14%. A regra afetará 63 mil pessoas.
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