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Mulher é detida pela PRF após supostamente xingar Bolsonaro em rodovia

O presidente Jair Bolsonaro participa de formatura da Aman Imagem: Reprodução/Youtube/TV Brasil

Do UOL, em São Paulo

28/11/2021 10h13Atualizada em 01/12/2021 14h41

Uma mulher de 30 anos que estava dentro de um veículo foi detida no sábado (27), após supostamente ter xingado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enquanto ele acenava aos motoristas na Via Dutra, em Resende (RJ), antes de participar da cerimônia de formatura dos cadetes da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras).

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) abordou o carro e encaminhou o caso a agentes da PF (Polícia Federal), que estavam no local em apoio à segurança do presidente.

A mulher, que estava como passageira do veículo, foi levada para a delegacia de PF de Volta Redonda (RJ), onde foi feito registro de um termo circunstanciado pelo crime de injúria. Ela só foi liberada após assumir compromisso de comparecer em juízo, como determina a lei, informou a PF em nota.

Segundo a PRF, a mulher "proferiu palavras de baixo calão e xingamentos" dirigidos a Bolsonaro. "Como sempre faz, o presidente se deslocou à margem da rodovia para cumprimentar os PRFs e acenar para os veículos que por lá passavam quando a passageira de um veículo, ao passar pelo presidente, proferiu várias palavras de baixo calão e xingamentos", disse um dos trechos do texto enviado pela polícia rodoviária ao UOL.

Bolsonaro foi a Resende para participar da formatura de 391 cadetes do 4º ano da Turma Dona Rosa da Fonseca e disse que sua formação militar foi mais difícil do que ocupar a Presidência. Ele se formou na academia em 1977.

"Eu até hoje guardo os ensinamentos que aqui aprendi. Em momentos difíceis à frente da Presidência, vejo o que passei por aqui [na Aman] e me conforto dizendo 'aqui foi mais difícil'. Quem passa por aqui, quem tem essa formação, sabe das dificuldades", disse.

Bolsonaro usou a expressão "nosso Exército", o que marca uma mudança de seu discurso. Em diversos momentos este ano, o mandatário falou em "meu Exército", o que gerou críticas por ser interpretado como uma tentativa de politização da instituição.

Essa foi a primeira vez, em 210 anos, que foram formadas também as Aspirantes a Oficial, num total de 23 mulheres.

O presidente encerrou dizendo "Deus, pátria e família", lema do integralismo, movimento surgido na década de 1930 no Brasil, influenciado pelo fascismo na Europa.

Bolsonaro estava acompanhado do vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), do ministro da Defesa, general Braga Netto, do ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos, e de outras autoridades.

Apesar da pandemia da covid-19, eles não usavam máscaras de proteção. Bolsonaro ainda gerou aglomerações no evento ao descer do palco e tirar fotos com convidados dos formandos.

* Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo

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