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MPF recomenda fechamento temporário de acesso a cânions no Lago de Furnas

No último sábado (8), um paredão rochoso deslizou em Capitólio, matando nove turistas e o piloto da lancha; o MPF recomenda o fechamento temporário do acesso a cânions - Rafael Dios/Unsplash
No último sábado (8), um paredão rochoso deslizou em Capitólio, matando nove turistas e o piloto da lancha; o MPF recomenda o fechamento temporário do acesso a cânions Imagem: Rafael Dios/Unsplash

Do UOL, em São Paulo

14/01/2022 07h46Atualizada em 14/01/2022 08h08

O MPF (Ministério Público Federal) recomendou o fechamento temporário do acesso de pessoas e embarcações ao Lago de Furnas, uma região de cânions de Minas Gerais. No último sábado (8), um paredão rochoso deslizou em Capitólio, matando nove turistas e o piloto da lancha, além de deixar feridos por estilhaços e pelo forte fluxo d'água.

O documento foi enviado aos municípios de São João Batista da Glória e São José da Barra. O MPF também pediu que Capitólio mantenha a proibição de acesso às áreas dos cânions de Furnas, Cascata D'água e Mirante dos Canyons.

O MPF recomenda o fechamento temporário dos locais até que um mapeamento geológico seja feito na região. O estudo deve verificar possíveis pontos de risco de novos deslizamentos ou desprendimentos de rochas, com apresentação de laudo ou relatório que ateste a segurança das áreas.

Um dia após o acidente em Capitólio, o prefeito Cristiano Geraldo da Silva (PP) admitiu que um estudo de análise de risco geológico nunca foi feito no local do acidente.

No ofício, o MPF também recomenda a proibição de navegação de turistas em qualquer área que tenha recebido alerta da Defesa Civil em relação a tempestades, chuvas intensas e riscos de cabeça ou tromba d'água —horas antes do acidente em Capitólio, o órgão comunicou sobre o risco de cabeça d'água na região.

A proibição deve vigorar até que os planos de ordenamento náutico dos municípios sejam revistos com o mapeamento dos locais que devem ser interditados, em caso de condições climáticas adversas, diz o MPF.

Uma recomendação de teor similar foi encaminhada à Delegacia Fluvial de Furnas, pertencente à Marinha. No prazo de cinco dias, devem ser fornecidas informações sobre as lanchas atingidas direta e indiretamente em Capitólio e também sobre o condutor e o dono da embarcação Jesus, onde estavam todos os mortos no acidente.

O MPF também questiona se as atividades turísticas na região deveriam ter sido paralisadas após o alerta da Defesa Civil e como é feito o controle de visitantes no local.