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17/10/2007 - EFE - Economia
Embaixador ressalta "decepção" de UE com políticas chinesas

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17/10/2007 - 03h24

Embaixador ressalta "decepção" de UE com políticas chinesas

Pequim, 17 out (EFE).- O embaixador da delegação da União Européia em Pequim, Serge Abou, ressaltou hoje a sua "decepção" com o crescente déficit comercial da Europa nas trocas com a China, criticando o Governo chinês por corrigir a desvalorização do iuane em relação ao dólar e não ao euro.

"O comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, está muito decepcionado. Ainda não zangado, mas decepcionado", disse Abou à imprensa chinesa e estrangeira. Ele acrescentando que isso é "politicamente significativo, porque Mandelson é um bom amigo da China".

O embaixador explicou que a balança comercial se desequilibra dia a dia a favor da China, tendo subido mais de 23% nos cinco primeiros meses de 2007. O Governo chinês, acrescentou, "não está dando uma resposta significativa aos pedidos de correção".

Abou lembrou que, em 2006, o déficit comercial da UE com a China chegou a 130 bilhões de euros e cresceu "mais rápido que o déficit dos Estados Unidos com a China".

O embaixador da UE se queixou de que o iuane pouco a pouco se valoriza em relação ao dólar, como pedem os EUA. Mas o euro continua supervalorizado, por isso as exportações de produtos chineses continuam baratas, prejudicando o comércio.

"Um certo déficit é aceitável, porque a China é mais competitiva em alguns setores. Mas parte da situação atual se deve a políticas injustas na exportação de produtos chineses (dumping, por exemplo) e na importação, com barreiras tarifárias", ressaltou o embaixador.

A UE decidiu nos últimos dias endurecer sua política. No dia 11 de outubro, os ministros de Finanças dos 27 países-membros pediram energicamente à China que valorizasse o iuane em relação ao euro.

Abou revelou hoje que se negocia uma data para que os dirigentes econômicos da UE negociem os desacordos monetários. Mas por enquanto a data e forma das negociações estão paralisadas. A China atualmente concentra suas atenções no XVII Congresso do Partido Comunista.

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