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Em evento para promover Haddad, Dilma defende Enem

Em evento para promover Haddad, Dilma defendeu o Exame Nacional do Ensino Médio - Roberto Stuckert Filho/PR
Em evento para promover Haddad, Dilma defendeu o Exame Nacional do Ensino Médio Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

23/01/2012 17h06Atualizada em 23/01/2012 17h21

Em um evento para promover Fernando Haddad -a comemoração da milionésima bolsa de estudo do Prouni (Programa Universidade para Todos), nesta segunda-feira (23)-, a presidente Dilma Rousseff elogiou a atuação do ministro e saiu em defesa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que passa por uma série de problemas desde passou a selecionar para universidades públicas.

“Considero também que é muito importante aqui fazer a defesa do Enem como a forma mais democrática de acesso ao jovem brasileiro ao ensino universitário”, disse a presidente. Mesmo assim, a presidente reconheceu que o processo precisa de melhorias. “O Prouni também teve de ter suas adaptações, suas melhorias. É assim que se faz programa de governo, é com muita humildade. [...] Nós somos humanos. Quando tem erro, a gente tende a aprimorar. Ninguém está dizendo que nada é perfeito.”

Haddad, que sai do governo nesta terça (24) para se candidatar à Prefeitura de São Paulo, comparou o momento atual, em que o Enem "apanha todo dia" da imprensa com as críticas que o Prouni recebia em 2004 antes de ser implantado.  "Em 2004, não vi um único artigo defendendo o ProUni nos jornais. Guardadas as proporções, parece o Enem hoje: apanha todo dia", afirmou.

Na semana passada, o MEC cancelou a edição do primeiro semestre do Enem. Ao ser questionado sobre a não realização, o ministro justificou que o debate judicial gerou instabilidade no processo. “Nenhum vestibular vive a pressão e o ‘estressamento’ do processo como o Enem vive, inclusive do ponto de vista jurídico”, argumentou.

Dilma elogiou o que chamou de "dedicação" e "capacidade" de Haddad na direção do MEC. O ministro, por sua vez, afirma ter conseguido "reverter um ciclo perverso de queda na qualidade da educação básica do país". O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, vai assumir o cargo no lugar de Haddad.