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Covas diz que programa de desestatização será eixo de próxima gestão

Arquivo - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição - Deyvid Edson / Estadão Conteúdo
Arquivo - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição Imagem: Deyvid Edson / Estadão Conteúdo

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

29/09/2020 14h00

Candidato a reeleição em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) declarou hoje que pretende continuar com as desestatizações iniciadas em sua gestão e que transferiu a iniciativa privada espaços como o Pacaembu e o Ibirapuera. Ele declarou que manter este programa será uma das diretrizes de sua administração, caso vença as eleições.

"Ainda há muita parceira a ser feita com a iniciativa privada. Não tenho dúvida que este vai continuar a ser um dos grandes eixos da nossa gestão no ano que vem", disse durante participação no ciclo de debates da Associação Comercial de São Paulo.

Covas afirmou que durante a última gestão a cidade teve o maior programa de desestatização do país. Ele ressaltou que não defende estado mínimo ou estado máximo, mas estado necessário. Como exemplo, ressaltou que não adianta o poder público cuidar de estádio de futebol e não conseguir investir em educação, moradia, cultura e mobilidade.

O candidato elencou alguns setores que planeja passar para a iniciativa privada. Ressaltou que são projetos já aprovados pelos vereadores na atual gestão.

"Vários projetos que já foram aprovados pela Câmara e estão em andamento com a concessão do serviço funerário dos cemitérios aqui de São Paulo, dos terminais de ônibus, da manutenção dos piscinões que podem ser passados para iniciativa privada. Ou seja, projetos que já estão em andamento e vão ter continuidade na próxima gestão", disse à noite em um evento de campanha na Catedral de São Miguel Arcanjo.

Falando para uma entidade comercial, o candidato afirmou que vai melhorar o ambiente de negócios para que a cidade possa ser mais competitiva na atração de investimentos internacionais. Covas ainda aproveitou a ocasião para comentar a proposta de reforma tributária que é discutida no âmbito federal. Ele declarou que havia a esperança que seria menos Brasília e mais Brasil, mas que a proposta vai no sentido contrário a esta expectativa.

Ainda falando de economia, Covas defendeu a economia criativa como forma de gerar empregos, principalmente para jovens. Para cumprir este objetivo, defendeu polos de startups espalhados pela cidade para que jovens de periferia tenham as mesmas oportunidades que moradores da Faria Lima e Berrini.

No mesmo evento, o candidato também falou de volta as aulas. Como prefeito, será dele a palavra a respeito da data de retomada e Covas disse que não submeterá a pressões e que não tem medo de cara feia.