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Covas lidera tempo de propaganda na TV e soma mais que 3 adversários juntos

3 out.2020 - Bruno Covas (PSDB) toma café na padaria Cepam, na zona sudeste de São Paulo - ETTORE CHIEREGUINI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
3 out.2020 - Bruno Covas (PSDB) toma café na padaria Cepam, na zona sudeste de São Paulo Imagem: ETTORE CHIEREGUINI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Guilherme Botacini

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/10/2020 04h00

O tempo de propaganda eleitoral disponível para a coligação de Bruno Covas (PSDB), que tenta se reeleger à Prefeitura de São Paulo, será maior que seus três maiores adversários somados.

A coligação dele, chamada Todos por São Paulo (PP, MDB, Podemos, PL, DEM e PSDB), terá direito a 3 minutos e 29 segundos por período do horário eleitoral. Em seguida, vem a coligação Aqui Tem Palavra (PDT, PSB, Avante e Solidariedade), de Márcio França (PSB), com 1 minuto e 36 segundos.

O tempo de França somado com o de Guilherme Boulos (PSOL), de 20 segundos, e de Celso Russomanno (Republicanos), com 51 segundos, resulta em 2min47s por horário eleitoral, 42 segundos a menos que o tempo de Covas.

Os quatro são os candidatos que despontaram na mais recente pesquisa Ibope de intenções de voto na cidade, divulgada na sexta (2). Nela, Russomanno tem 26%, tecnicamente empatado com Covas, que tem 21%, porque a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Boulos tem 8%, e França, 7%.

Russomanno, no entanto, terá só o quinto maior tempo de televisão. À frente dele, além de Covas e França, estão Jilmar Tatto (PT) e Joice Hasselmann (PSL).

Nanicos na última pesquisa Ibope, com 1% das intenções de voto cada um, os candidatos dos partidos que protagonizaram as eleições presidenciais de 2018 têm 1min7s (Tatto) e 1min4s (Hasselmann).

Os dois estão em chapas sem coligação, e seu tempo extenso na propaganda eleitoral se deve ao número de deputados federais eleitos pelos seus respectivos partidos.

Outros candidatos com tempo de TV e rádio são Andrea Matarazzo (PSD), com 45 segundos, Orlando Silva (PCdoB), com 17 segundos, Arthur do Val (Patriota), com 16 segundos, e Filipe Sabará (Novo), com 15 segundos.

A propaganda eleitoral gratuita começa na próxima sexta (9) e vai até o dia 12 de novembro.

Alguns candidatos não terão nenhum tempo disponível: Marina Helou (Rede), Antonio Carlos (PCO), Levy Fidelix (PRTB) e Vera Lúcia (PSTU).

O motivo é a chamada cláusula de barreira, válida desde 2019, que exige um mínimo de 2% dos votos válidos e nove deputados federais eleitos pelos partidos na Câmara dos Deputados, em pelo menos um terço dos estados, para que tenham direito a tempo na propaganda eleitoral gratuita. A emenda constitucional também criou condições mínimas para acesso das legendas ao Fundo Partidário.

Como funciona a distribuição do tempo

O tempo de cada candidato na propaganda eleitoral na TV e no rádio são distribuídos proporcionalmente à quantidade de deputados federais em mandato por partido. Essa métrica compõe 90% do tempo total de cada candidato.

Os outros 10% são distribuídos igualmente, a despeito do número de representantes na Câmara dos Deputados.

Em coligações, somam-se os representantes dos seis maiores partidos da aliança para calcular o tempo disponível ao candidato lançado.

Nos 20 minutos diários dedicados à propaganda eleitoral gratuita, a ordem foi definida por sorteio e será feito um rodízio.

Serão dois períodos de dez minutos por dia de propaganda na TV, às 13h e às 20h. O mesmo tempo será utilizado no rádio, mas em horários diferentes, às 7h e às 12h.

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