Governador do Ceará diz que candidato participou de motim policial

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), fez uma acusação contra Capitão Wagner (Pros), candidato a prefeito de Fortaleza. Ele escreveu que Wagner participou do motim policial que aconteceu no Ceará, em fevereiro deste ano. O candidato respondeu a Camilo imediatamente, mas minimizou o assunto.

Em fevereiro deste ano, parte da Polícia Militar do Ceará fez greve e realizou atos de protesto no estado, por causa de negociações sobre aumento salarial. Capitão Wagner falou sobre o assunto ontem e negou qualquer envolvimento nestes atos. Por isso Camilo se manifestou nas redes sociais e disse que o candidato fez discursos durante os protestos.

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"Vi hoje no DN entrevista do Capitão Wagner dizendo não ter apoiado o motim deste ano, que aterrorizou o Ceará. Não é verdade. Tanto liderou o motim de 2011, como teve participação direta nesse último motim, que teve clara motivação política, para desorganizar a segurança do Estado. Capitão Wagner participou ativamente de manifestações com encapuzados, discursou no Batalhão dos amotinados e teve seus aliados na linha de frente, todos integrantes de seu grupo político e candidatos ao seu lado. As notícias e imagens estão aí para quem quiser ver. Por fim, ainda defendeu abertamente anistia para quem praticou esses crimes, o que jamais aceitei. Foi um dos atos mais covardes já praticados contra a população, por uma minoria de policiais que não representavam a grande maioria da tropa, formada por policiais corretos e dedicados. A população precisa saber da verdade", escreveu Camilo Santana no Facebook.

Capitão Wagner viu a acusação e se manifestou rapidamente nas redes sociais. Mas preferiu encerrar o debate sobre esse assunto.

"Desejo ao Governador Camilo Santana o pronto reestabelecimento da sua saúde! Nossa campanha tá linda e alegre. Não vou pra um embate que não foque as soluções para os problemas de Fortaleza. Dia 15 de Novembro pode votar 90 e confirmar", escreveu o Capitão, lembrando que Camilo está com covid-19 desde a semana passada.