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Candidato 'Boca Aberta' desmaia após briga com colega de partido em MG

Guilherme Oliveira, o Boca Aberta (PSC-MG), diz ter sido agredido após uso de moto em campanha; partido vai apurar o caso - Facebook/Reprodução
Guilherme Oliveira, o Boca Aberta (PSC-MG), diz ter sido agredido após uso de moto em campanha; partido vai apurar o caso Imagem: Facebook/Reprodução

Bruno Torquato

Colaboração para o UOL, em Betim (MG)

05/11/2020 14h03

Uma briga entre candidatos à Camara de Vereadores de Uberaba (MG) gerou uma confusão na noite de ontem, durante uma carreata. A discussão, que chegou às vias de fato, foi entre Guilherme Oliveira, candidato conhecido na cidade como "Boca Aberta", e Clodoaldo Cabral. Ambos tentam uma vaga na Câmara Municipal pelo PSC.

À reportagem, o presidente municipal do partido, Gledston Moreli, disse que a briga começou após desentendimentos sobre onde cada um ficaria na carreata. "Infelizmente, durante a carreata, houve esse fato por conta do posicionamento em que cada um ficaria", relatou.

Já a versão de Guilherme para o UOL é outra. Segundo ele, tudo começou porque Clodoaldo não gostou de ele usar sua moto circulando pela região.

"Montei meu equipamento de som em uma moto emprestada e fui à luta, usando minha criatividade para aparecer, mas ele não gostou e disse que eu estava levando vantagem por circular com a moto no ponto de parada", disse.

Depois disso, segundo Guilherme, Clodoaldo abriu a porta do seu carro, que derrubou a moto, e já começou a agredi-lo. "O soco dele não pegou direito porque eu estava de capacete, mas arranhou. Não sei brigar; ele me pegou de gravata." Foi então que ele desmaiou.

Guilherme "Boca Aberta" disse que temeu sua vida. "Ele não quis soltar, foi para me matar, pensei que eu iria morrer. Ele só parou, porque uma testemunha me disse que deu soco na costela dele", relatou à reportagem.

De acordo com Gledson, o candidato foi socorrido no local. "Ele então foi amparado pelo Samu e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do São Benedito", explicou.

O político foi liberado da unidade médica por volta das 23h30. Gledson disse ainda que todos os exames foram feitos para evitar qualquer sequela a Guilherme.

Questionado quais seriam as providências que iria tomar, Guilherme disse que vai deixar uma resolução por conta do PSC. "Ele está resolvendo. Não sou de briga, gosto de paz e sossego. Faço campanha com argumentos e não de briga física. Então está na mão do partido", disse.

Por sua vez, o posicionamento do partido é que as circunstâncias serão analisadas em um outro momento. "A direção do partido vai apurar os fatos e não vamos agir de forma precipitada. O momento eleitoral cria expectativas e desentendimentos", afirmou Gledson Moreli.

O UOL tentou contato com Clodoaldo Cabral, mas até o momento não obteve sucesso. Seu número de celular permanecia desligado.