Publicou fake news, diz Boulos sobre acusação de suposta produtora fantasma
Principal alvo do candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos), o também postulante ao cargo Guilherme Boulos (PSOL) disse que foi pego de surpresa no debate UOL/Folha com a acusação de que sua campanha paga produtora fantasma com dinheiro público. Ao conhecer o autor da notícia após o debate, Boulos disse que ele pertence ao "gabinete do ódio", ligado à Presidência da República.
Russomanno afirmou no debate que a campanha de Boulos (PSOL) pagou cerca de R$ 500 mil a o que chamou de "produtoras fantasmas". A acusação foi feita por Oswaldo Eustáquio, que já foi preso pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por espalhar notícias falsas.
"É grave. Se o dinheiro é público, se veio do Fundo Eleitoral ou Fundo Partidário, é crime", voltou a acusar Russomanno depois do encontro nos estúdios do UOL.
"Ele publicou a fake news durante o debate", rebateu Boulos ao deixar o encontro. "Ele [Eustáquio] é ligado ao gabinete do ódio, é conhecido como difamador de encomenda." Compõem o chamado "gabinete do ódio" servidores ligados à família Bolsonaro apontados como responsáveis por operar páginas e perfis em redes sociais usados para atacar rivais políticos.
Segundo o candidato, ele não respondeu Russomanno "porque eu não sabia do que se tratava [a acusação]".
"Russomanno é isso, ele está destemperado", afirmou Boulos. Para o psolista, a acusação feita por Russomano durante o debate "é para fazer vídeo e soltar no zap (WhatsApp)."
A prisão de Eustáquio
Eustáquio é um militante bolsonarista preso pela Polícia Federal em 26 de junho. A PF alegou que o blogueiro estava utilizando táticas para não ser localizado e o prendeu para amenizar o risco de fuga.
Ele é investigado na Operação Lume, inquérito que apura financiamento, apoio e organização de atos antidemocráticos que defendem o retorno da Ditadura Militar e o fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal).
O blogueiro já apareceu em lives com o ex-deputado condenado no processo do "mensalão" Roberto Jefferson, quando o líder do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) defendeu que haveria uma tentativa de golpe contra Jair Bolsonaro (sem partido). Durante a campanha eleitoral, também participou de live com o candidato à reeleição do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). Ele também foi assessor da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante o governo de transição.
A campanha de Russomanno não esclareceu ao UOL se a acusação contra Boulos foi pautada no vídeo produzido por Oswaldo Eustáquio. A reportagem questionou se o candidato tem conhecimento sobre a disseminação de notícias falsas por parte do blogueiro, mas não houve retorno.
Um assessor informou que "independente da fonte, se for verdade é muito grave. A nossa equipe vai levantar esse caso".
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