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'Responsabilidade tremenda', diz Manuela D'Ávila após ir a 2º turno

Manuela D"Ávila conversa com a imprensa após resultado das eleições - Reprodução
Manuela D'Ávila conversa com a imprensa após resultado das eleições Imagem: Reprodução

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

16/11/2020 00h53

A candidata à prefeitura de Porto Alegre Manuela D'Ávila agradeceu o apoio da população para chegar ao segundo turno com o adversário Sebastião Melo (MDB), derrotando o atual prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que tentava a reeleição. Em live com jornalistas e acompanhada do candidato a vice, Miguel Rossetto (PT), a política reconheceu que há muito tempo a esquerda não avançava dessa maneira no pleito.

"Tivemos grande vitória na noite de hoje, é responsabilidade tremenda de representar os sonhos de tantas pessoas (...) Estou muito honrada, feliz de chegar com Rossetto no segundo turno", disse Manuela.

Em seguida, disse que o primeiro turno "deixa vários recados". O primeiro deles, segundo a candidata, é que a cidade quer construir um caminho diferente. "No segundo turno, vamos decidir qual rumo é esse", citando um caminho para mudança e outro para continuar do jeito que está.

Abstenção

Por outro lado, a política manifestou preocupação com índice de 34% de pessoas que não compareceram às urnas na cidade. Para ela, é um "recado bastante emblemático" que precisa ser entendido.

"A gente precisa entender por que essas pessoas não optaram por um prefeito", disse ela. No pleito deste ano havia 12 candidatos disputando o cargo - um deles ainda estava com a situação indefinida.

Manuela disse que queria firmar um pacto com Melo para discutir propostas pela cidade e fugir do que ocorreu no primeiro turno, quando ela foi seguidamente atacada por adversários. "A gente espera que o nível do segundo turno se eleve."

"Para mim existem duas grandes batalhas, a batalha pelos votos de quem não estava conosco e daqueles que não foram votar", complementou.

Na sequência, frisou que o segundo turno vai ser um disputa mais igualitária: de cinco minutos de propaganda para ela e o mesmo tempo para o adversário. "Antes eu tinha 1 minuto na televisão e dez candidatos falando de mim como se eu já fosse a prefeita, isso todos os dias."

Alianças

Por último, disse que amanhã deve procurar "imediatamente" Juliana Brizola (PDT), Fernanda Melchionna (PSOL) e Montserrat Martins (PV) para tentar firmar alianças.

"É preciso conversar com essas pessoas (políticos e eleitores). Amanhã, a nossa missão é organizar campanha e conversar com as pessoas. Fechar novas parcerias para fazer essa construção. Tivemos crise econômica muito grande, temos muitos desempregados na cidade, muitos vivendo com auxílio emergencial. Precisamos sair para as ruas para conversar com aqueles que escolheram outras candidatos ou nenhum candidato", salientou Manuela.