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Primeiro-ministro do Japão renuncia após encaminhar leis de reconstrução do país

Kan, cuja popularidade despencou após um terremoto seguido de tsunami destruir a costa nordeste do Japão em 11 de março, havia sinalizado que deixaria o cargo assim que fossem aprovadas as leis necessárias para encaminhar a reconstrução do país - Toru Hanai/Reuters
Kan, cuja popularidade despencou após um terremoto seguido de tsunami destruir a costa nordeste do Japão em 11 de março, havia sinalizado que deixaria o cargo assim que fossem aprovadas as leis necessárias para encaminhar a reconstrução do país Imagem: Toru Hanai/Reuters

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

26/08/2011 01h54Atualizada em 26/08/2011 02h29

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, anunciou formalmente nesta quinta-feira sua demissão do cargo, tal como já havia prometido.

Kan divulgou sua decisão de deixar o cargo após o Parlamento japonês aprovar duas leis promovidas por ele relativas à reconstrução do país depois do terremoto seguido de tsunami de 11 de março.

“Deixo hoje meu cargo de presidente [do Partido Democrata do Japão]”, disse Naoto Kan à agência de notícias japonesa Jiji. A decisão abre caminho para a nomeação de um novo premiê para enfrentar a crise nuclear e as mazelas da economia. A eleição de seu sucessor será organizada a partir da próxima segunda-feira (29) e o vencedor será anunciado como primeiro-ministro do Japão na terça-feira.

Kan, cuja popularidade despencou após um terremoto seguido de tsunami destruir a costa nordeste do Japão em 11 de março, havia sinalizado que deixaria o cargo assim que fossem aprovadas as leis necessárias para encaminhar a reconstrução do país.

As votações as últimas duas dessas leis estavam agendadas para esta semana e, na última terça-feira (23), Kan já sinalizava que deveria deixar o cargo até o fim de agosto.

Uma das leis, de promoção de novas fontes de energia renovável, para diminuir a dependência da energia nuclear, foi aprovada nesta terça-feira pela Câmara Baixa do Parlamento. A Câmara Alta deve endossar a lei até o fim da semana. A segunda lei diz respeito a ampliação do limite de endividamento.

A corrida para a conquista do posto de primeiro-ministro - o sexto em cinco anos - ganhou força abertamente no começo desta semana, quando o ex-ministro de Relações Exteriores Seij Maehara, de 49 anos, decidiu candidatar-se ao cargo.

A decisão de Maehara diminui as chances do ministro das Finanças, Yoshihiko Noda, um conservador em matéria fiscal.

Quem for eleito na semana que vem líder do governista Partido Democrático do Japão, que controla a Câmara Baixa do Parlamento, se tornará primeiro-ministro. Com apoio de menos de 20 por cento dos eleitores, Kan prometeu em junho renunciar ao cargo depois de conseguir cumprir algumas tarefas.

*Com informações das agências internacionais