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Frio bate recorde na Rússia; Ucrânia e Polônia registram mais mortes

Do UOL, em São Paulo

03/02/2012 12h02

Ucrânia, Rússia e Polônia voltaramm a registrar mortes por causa da onda de frio que atinge o leste europeu. Juntos, o número de mortos nesses países supera 200.

Nesta sexta-feira, as temperaturas apresentaram mínimos históricos na parte europeia da Rússia, com registros em torno dos 30 graus negativos, segundo o Serviço Hidrometeorológico russo.

Moscou amanheceu com 26 graus negativos, a temperatura mais baixa de todo este inverno, que até poucos dias atrás era "quente" em comparação com anos anteriores.

Na cidade de Smolensk, os termômetros marcaram 30.2 graus negativos, 3.2 graus abaixo da temperatura mínima recorde para o dia, registrada em 3 de fevereiro de 1966.

No sul das regiões de Pskov e Novgorod, as temperaturas chegaram aos 33 graus abaixo de zero, quase superando as mínimas históricas dessas regiões.

O frio também assola a cidade de Kaliningrado, capital do território russo de mesmo nome às margens do Mar Báltico, onde hoje a temperatura caiu para -20.6 graus negativos, 1.9 graus a menos do que o recorde anterior, de 1950.

Segundo o Serviço Hidrometeorológico, a temperatura média diária na parte central da Rússia está entre 7 e 12 graus mais baixa do que a normal para essa época do ano.

Até agora, 64 pessoas morreram vítimas do frio e outras 779 pessoas foram internadas com sintomas de congelamento parcial de diversas gravidades e hipotermia.

Ucrânia e Polônia

Só na Ucrânia as mortes já ultrapassaram 100. Deste total, 64 morreram nas ruas, 26 em suas casas e 11 em hospitais, segundo o governo.

Para tentar evitar mais mortes, as autoridades já haviam disponibilizado cerca de 3.000 espaços com calefação. "Estamos em uma situação difícil. As pessoas estão passando mal", disse o primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov.

Na Polônia o frio continua intenso. Pela noite, mais oito pessoas morreram pelas baixas temperaturas, que em alguns locais chegou a 35 graus negativos, provocando 37 mortes. Com isso, o número de mortos no país por hipotermia aumentou para 75, desde novembro do ano passado.

A maior parte das vítimas da onda polar que atingiu o país há uma semana é sem-teto, que em muitos casos têm problemas de dependência de álcool, segundo o Ministério do Interior. 

Em Roma, na Itália, a nevasca obrigou escolas e estabelecimentos comerciais a fecharem suas portas. (Com EFE e Reuters)