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Primo diz que brasileiro morto em Portugal não teve chance de se defender em briga

Juliana Iório

Do UOL, em Lisboa

03/02/2012 17h37

Primo do brasileiro Hemerson Pereira Fortkamp, 30, morto em uma briga no último domingo, em Lisboa, Portugal, André Pereira disse que a vítima não teve chance de se defender. Os dois estavam juntos na ocasião.

Segundo ele, o desentendimento teve início ainda no interior de uma casa noturna na capital portuguesa. Quando os dois saíram do local, ele conta, três rapazes e duas moças o esperavam do lado de fora. “Foi aí que começou a briga”, disse. “Um rapaz me deu uma pancada, nós saímos correndo, mas eles nos apanharam.”

“Eu consegui fugir e a última vez que o ví, estavam duas mulheres, uma com uma garrafa, e outra com uma pedra dentro de uma meia, agredindo-o no chão”, acrescentou, dizendo que, neste momento, Hemerson aparentava já estar inconsciente.

Também ferido, o primo foi ao hospital, onde conseguiu localizar Hemerson: “Os médicos disseram que já não havia muito a fazer. Ele não tinha uma escoriação no corpo, porque só lhe bateram na cabeça”.

Segundo André, a polícia ainda “não disse muita coisa”. “Eles estão [mantendo a investigação] em sigilo, mas que eu saiba ainda ninguém foi preso”, afirmou. “Mas nós também não conhecíamos aquelas pessoas, nunca as vimos antes e não sabemos o nome de ninguém”.

O brasileiro morava há seis anos em Portugal, trabalhava como ajudante de eletricista, mas ainda não estava legalizado. Ele será cremado e a família não sabe se conseguirá enviar as cinzas para o Brasil, devido aos custos de traslado.