Topo

Ao chegar ao Brasil, Hillary pressiona por tratado de livre comércio

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton (centro), apresenta a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster ao secretário do Interior americano, Ken Salazar, durante visita a Brasília - Jacquelyn Martin/Reuters
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton (centro), apresenta a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster ao secretário do Interior americano, Ken Salazar, durante visita a Brasília Imagem: Jacquelyn Martin/Reuters

Maurício Savarese

Do UOL, em Brasília

16/04/2012 13h48

Em seu primeiro compromisso na viagem de dois dias ao Brasil, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda-feira (16), em Brasília, que os dois países têm de reforçar os esforços de aproximação e citou um tratado de livre comércio como uma das possibilidades para conseguir isso. À tarde ela se reúne com o chanceler, Antonio Patriota.

Diante de aproximadamente 150 empresários brasileiros e norte-americanos na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Hillary sugeriu parcerias nas áreas de petróleo, tecnologia e turismo, e reforçou o apelo por um acordo comercial como o que os EUA mantêm com vários outros países latino-americanos.

Depois de citar um acordo bilateral como uma possibilidade, ela disse: “O Brasil e os Estados Unidos sabem o que fazer. A democracia toma tempo”. “Como as duas maiores democracias do continente, compreendemos que nossos valores devem mostrar o caminho de como exercemos o desenvolvimento econômico”, afirmou.

Hillary disse ainda que em outros países essas decisões são tomadas pela cúpula de outras nações, mas em democracias importantes “esse processo leva tempo para ser aperfeiçoado”. Os EUA estão cortejando com mais insistência desde 2009, quando perderam para a China o posto de maior parceiro comercial do Brasil.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff esteve em Washington para visitar o colega, Barack Obama. Hillary deve se reunir com Dilma na terça-feira (17). Aos empresários, a secretária norte-americana exaltou o Brasil por ter no comando do país e da principal estatal duas mulheres –Dilma e a dirigente da Petrobras, Maria das Graças Foster.