Jornalista francês desaparecido na Colômbia teria sido ferido; chanceler francês fala em sequestro
O jornalista francês Roméo Langlois, que está desaparecido, foi ferido no braço esquerdo durante combates entre a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e as forças militares no sul da Colômbia, informou neste domingo o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón.
"O que as pessoas que estavam com ele até o último instante me contaram é que em algum momento Romeo foi atingido por um tiro no braço esquerdo e que, no meio da tensão e da pressão no local, tomou a decisão de tirar o colete, o capacete, e ao manifestar ou destacar que era população civil seguir para a área de onde disparavam os guerrilheiros", disse Pinzón à imprensa. "Essa é toda a informação que temos sobre ele. Não sabemos com certeza neste momento o que mais aconteceu com ele".
Mais cedo, o ministro francês de Relações Exteriores, Alain Juppé, afirmou que o jornalista “foi feito prisioneiro” pelas Farc. O chefe da diplomacia francesa afirmou que o centro de crise de seu Ministério trabalha no assunto em cooperação com as autoridades colombianas. O governo colombiano não confirma a informação de que o jornalista teria sido sequestrado. O ministro Pinzón disse que a informação divulgada por seu ministério corresponde a "fatos exatos", mas deixou um recado às Farc: "se estão com ele, devem respeitar sua vida".
Langlois, 35, correspondente na Colômbia da rede francesa "France 24" e do jornal "Le Figaro", viajou em um helicóptero do Exército colombiano à região de Caquetá para elaborar uma reportagem sobre as operações contra o narcotráfico.
A aeronave aterrissou em um campo minado e foi atacada pela guerrilha das Farc. Três soldados e um policial morreram, enquanto outros quatro militares, um agente e o jornalista francês desapareceram.
Os soldados e o policial foram encontrados posteriormente, segundo o Exército colombiano.
Langlois vivia na Colômbia há 10 anos e desde 2006 colaborava com "France 24", segundo a rede de televisão.
"Sabemos que é uma região perigosa. Estamos inquietos, mas temos confiança em Roméo, que conhece bem a área e tem muita experiência", disse a diretora de redação da rede, Nahida Nakad.
Ela demonstrou sua esperança de que o jornalista se encontre "são e salvo" e disse estar em contato com sua família.
(Com agências internacionais)
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