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Afegão cria esfera capaz de destruir minas terrestres

Feita com varas de bambu, ferro e plástico, a invenção tem custo relativamente baixo - Massoud Hassani/Mail OnLine
Feita com varas de bambu, ferro e plástico, a invenção tem custo relativamente baixo Imagem: Massoud Hassani/Mail OnLine

Do UOL, em São Paulo

22/10/2012 13h14

Um afegão de 25 anos inventou um aparelho que pode ajudar a salvar vidas em áreas onde existam minas terrestres. Trata-se de uma estrutura esférica feita com varas de bambu, ferro e plástico que pode ser empurrada pelo vento e ativar as minas que estiverem pelo caminho.

Segundo informações do Daily Mail, o invento, chamado de Mine Kafon, é capaz de destruir até quatro bombas antes de ficar inutilizável. O aparelho criado por Massoud Hassani também possui um GPS ligado a um website que permite o rastrear os locais por onde passou.

Hassani disse que teve a ideia para seu invento lembrando de brinquedos que ele criava com seu irmão quando era criança. Ele conta que costumava desenvolver pequenas esferas que muitas vezes eram empurradas para áreas de minas e explodiam ao tocarem em uma.

“Eu e meu irmão Mahmud brincávamos todos os dias em campos cercados pelas montanhas mais altas do bairro. Havia sempre um vento forte que empurrava nossas miniaturas para longe”, diz o jovem inventor.

“Nós não podíamos entrar nessas áreas de campos minados. Ainda me lembro de amigos que perdemos ou que ficaram feridos por causa das minas.” Inspirado nessas pequenas esferas da infância, Hassani intuiu a nova invenção. “Pensei em fazer as esferas 20 vezes maiores e mais pesadas."

Segundo o próprio Hassani, há 30 milhões de minas terrestres no Afeganistão. A população do país é de cerca de 28 milhões de pessoas, número menor do que a quantidade de minas.

As esferas de Massoud Hassani já foram testadas por uma unidade militar holandesa no deserto do Marrocos. No entanto, o Exército holandês diz que a atual versão do aparelho ainda não está adequada para uso militar.

Hassani, que atualmente mora na Holanda e estudou na Academia de Design de Eindhoven, diz que espera receber ajuda para construir um modelo adequado.