Topo

Tufão Bopha devasta sul das Filipinas, e número de mortos sobe para 238

Do UOL, em São Paulo

05/12/2012 02h03Atualizada em 05/12/2012 08h09

A passagem do tufão Bopha provocou pelo menos 238 mortes e deixou centenas de desaparecidos nas Filipinas, informaram as autoridades.

Deste total, 142 pessoas morreram e 241 são consideradas desaparecidas na cidade de New Bataan, na região montanhosa do sul do país, na ilha de Mindanao, em consequência das avalanches e inundações provocadas pelo tufão que atingiu o território filipino na terça-feira (4), afirmou o tenente-coronel Lyndon Paniza.

Pelo menos 81 vítimas foram registradas na província vizinha de Davao Oriental e outras 15 no restante da ilha. O balanço, ainda provisório, foi confirmado pela Defesa Civil.

As autoridades revisam com frequência o número de vítimas do tufão, à medida que as equipes de emergência conseguem acessar as regiões isoladas no sul do arquipélago.

O tufão, que alcançou na terça-feira ventos sustentados de 160 km/h e rajadas de até 195 km/h, perdeu força e se encontra sobre a ilha de Palawan, no oeste filipino, em direção ao Mar da China Meridional, segundo o serviço meteorológico Pagasa.

Ao menos 60 mil pessoas deixaram suas casas à beira mar, nas margens de rios e em áreas com risco de inundação e deslizamento de terra. Foram disponibilizados mais de mil abrigos públicos, geralmente escolas e igrejas.

O shopping de Cagayan de Oro, uma das principais cidades de Mindanao, foi inundado pelas águas dos rios próximos.

No total, 146 voos de Mindanao e das ilhas centrais do arquipélago filipino foram cancelados desde segunda-feira. Mais de 3.000 passageiros de transportes marítimos e fluviais ficaram retidos em terra e os navios foram obrigados a permanecer nos portos, informou a Defesa Civil.

As Filipinas sofrem anualmente cerca de 20 tempestades e tufões, que ficam mais perigosos a cada ano, principalmente durante a estação chuvosa, entre junho e outubro. Bopha é o 16º neste ano.

Em agosto, inundações devido a uma série de tempestades causaram centenas de mortos e deixaram mais de um milhão de pessoas desalojadas. (Com AFP e Efe)