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Obama jura em posse oficial privada hoje nos EUA; ato público recebe Beyoncé amanhã

Barack Obama abraça seu vice, Joe Biden, após discurso da vitória em novembro de 2012 - Spencer Platt/Getty Images/AFP
Barack Obama abraça seu vice, Joe Biden, após discurso da vitória em novembro de 2012 Imagem: Spencer Platt/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

20/01/2013 06h00

Como previsto na Constituição americana, as cerimônias privadas oficiais da 57ª posse presidencial dos Estados Unidos acontecem neste domingo (20), em Washington.

Obama faz o juramento de seu segundo mandato consecutivo em frente ao presidente da Suprema Corte dos EUA, John Roberts, no Salão Azul da Casa Branca, enquanto o vice-presidente, Joe Biden, jura em frente à juíza do Supremo, a porto-riquenha Sonia Sotomayor, em sua residência no Observatório Naval.

Esta é a primeira vez na história do país que a cerimônia é presidida por uma juíza latina, a primeira do Tribunal Supremo.

Obama e Biden ainda levam uma coroa de flores ao Cemitério Nacional de Arlington, na Virgínia, onde jazem os restos mortais de membros das Forças Armadas.

Esta é a sétima vez na história que a posse oficial acontece em um domingo e, devido ao fechamento de instituições públicas, a cerimônia pública fica para o dia seguinte.

As celebrações começaram ontem (19) com o "Dia Nacional de Serviço", que incluiu mais de 2.000 eventos de serviço voluntário em todo o país. Os atos terminam na terça-feira (22) com o tradicional "Dia Nacional de Oração" na catedral de Washington.

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Beyoncé e segurança

A cerimônia pública da posse será realizada na segunda-feira (21), também em Washington, com a presença de artistas como a cantora Beyoncé, que vai interpretar o hino nacional. A expectativa é que o ato atraia menos pessoas em relação a 2009 e tenha um esquema de segurança mais forte.

Chamada de "Fé no futuro dos EUA", a festa acontece na ala oeste do Capitólio e foi organizada por um comitê especial a cargo dos eventos da posse chamado de PIC, na sigla em inglês.

Um plano de segurança que envolveu a polícia do Capitólio, o Exército, o Congresso e o PIC foi montado para a cerimônia. O desfile posterior à cerimônia pública deve contar com mais de 10.000 pessoas, incluindo 2.300 membros das Forças Armadas e de diversos grupos cívicos.

"Não posso dizer nada sobre ameaças específicas, mas tenham a certeza de que estamos preparados para responder a qualquer assunto que aparecer", declarou Shenelle Antrobus, porta-voz da polícia do Capitólio, referindo-se a protestos, ameaças ou emergências.

O Serviço Secreto lidera os planos de segurança de segunda-feira, que incluem restrições ao espaço aéreo, fechamento de ruas e vigilância reforçada nos transportes públicos.

Não foram revelados o número de seguranças, o custo das atividades, nem os doadores e doações que bancaram a posse, mas o PIC prometeu divulgar informações em até 90 dias.

Desafios

Os desafios que Obama deve enfrentar em seu segundo mandato não são novos e já estão na agenda do presidente. O grande desafio agora é solucioná-los.

Uma economia em dificuldade: Os EUA estão lentamente saindo de sua pior crise desde a Grande Depressão. O desemprego caiu, mas permanece insistentemente alto, em 7,9%, e a criação de vagas continua lenta demais para absorver os milhões de americanos desempregados ou com subempregos. O crescimento econômico também permanece vagaroso - 2% no terceiro trimestre.

Irã: O país está presente em diversos desafios da política americana: reduzir a presença dos EUA no Afeganistão, garantir a estabilidade do Iraque, promover a resolução do conflito entre Israel e os palestinos, lutar contra o terrorismo, garantir acesso livre a energia e impedir a proliferação nuclear. Os EUA continuam determinados a evitar que o Irã fabrique armas nucleares. O Irã afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos, e seus líderes prometeram resistir às crescentes sanções internacionais que estão enfraquecendo sua economia.

Medicare: o enorme programa de saúde do governo para americanos com mais de 65 anos ou deficientes, deve ficar sem dinheiro em breve. Com quase meio século, o programa é considerado uma das conquistas dos democratas, mas sofre com pressões de dois lados: o crescente aumento dos custos de um sistema de saúde ineficaz e a iminente aposentadoria da geração do baby-boom. O programa de seguro de internação do Medicare deve ficar sem dinheiro em 2024. O programa de consultas médicas e medicamentos com receita, vão crescer de 2% do PIB no ano passado para 3,4% do PIB em 2035.

Atuação com o Congresso: Obama se encontra mais uma vez rivalizando com um Congresso dividido que viveu em impasse nos últimos quatro anos, quase sem conseguir aprovar qualquer legislação mais polêmica. A maioria dos analistas prevê que o Congresso continuará dividido, com os republicanos com o controle da Câmara dos Representantes e os democratas mantendo uma pequena margem de vantagem no Senado. (Com agências internacionais e BBC)