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Venezuela diz que 33 chefes de Estado irão a velório de Chávez

A presidente Dilma Rousseff (à dir.) chegou a Caracas nesta quinta-feira (7) - Reprodução/Telesur
A presidente Dilma Rousseff (à dir.) chegou a Caracas nesta quinta-feira (7) Imagem: Reprodução/Telesur

Do UOL, em São Paulo

07/03/2013 16h25

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, afirmou nesta quinta-feira (7) que 33 chefes de Estado confirmaram presença nas cerimônias de despedida do presidente Hugo Chávez. O enterro está marcado para esta sexta-feira (8), mas o corpo de Chávez é velado na Academia Militar de Caracas esta quinta-feira (7).

Segundo Jaua, que falou em entrevista à TV venezuelana Telesur, confirmaram presença chefes de Estado da América do Sul, Ásia e África. Da Europa, segundo Jaua, virão seis ministros de relações exteriores. O chanceler não especificou os países.

"É um testemunho do reconhecimento do peso [político] de Hugo Chávez, que nos deixa como legado uma Venezuela com peso próprio no mundo, respeitada por ser um país soberano, independente, que defende a união latinoamericana e caribenha, e a democratização das relações internacionais", afirmou Jaua à Telesur.

Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou nesta quinta-feira em Caracas, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por volta das 16h. Também acompanham a presidente o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o governador da Bahia, Jaques Wagner. Segundo o Planalto, a presidente volta ao Brasil na sexta-feira (8), após acompanhar o funeral do líder venezuelano.

Dilma decretou três dias de luto oficial no Brasil pela morte de Chávez. Segundo o governo venezuelano, outros 15 países também decretaram luto oficial.

Também nesta quinta-feira, chegou a Caracas o presidente de Cuba, Raúl Castro. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Bolívia, Evo Morales, estão desda a quarta-feira (6) em Caracas.

Ao lado do vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Morales acompanhou o cortejo que levou o corpo do presidente do Hospital Militar de Caracas a Academia Militar, onde é realizado o velório.

Apoiadores de Chávez formam uma grande fila para poder ver de perto o caixão na Academia Militar. Segundo a imprensa venezuelana, Chávez está vestido com um uniforme militar verde oliva, gravata preta e boina vermelha.

Líderes sulamericanos

A grande maioria dos presidentes dos países da América do Sul afirmaram que irão participar das cerimônias fúnebres em Caracas. Até as 15h desta quinta-feira, nenhum chefe de governo ou de Estado da União Europeia havia anunciado a intenção de viajar para o funeral de Chávez. Segundo o chanceler Elías Jaua, seis ministros de relações exteriores de países europeus virão a Caracas.

Apesar de o chanceler venezuelano não ter especificado quais presidentes irão à Venezuela, já anunciaram publicamente sua presença em Caracas os presidentes da Bielarus, Alexander Lukashenko, do Chile, Sebastián Piñera, da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Equador, Rafael Correa, de El Salvador, Mauricio Funes, do Irã, Mahmud Ahmadinejad, do México, Enrique Peña Nieto, do Haiti, Michel Martelly, da Nicaragua, Daniel Ortega, do Panamá, Ricardo Martinelli, do Perú, Ollanta Humala, da República Dominicana, Danilo Medina, e da Guatemala, Otto Pérez Molina.

O príncipe Felipe da Espanha, herdeiro do trono espanhol, também confirmou publicamente sua presença na Venezuela.

Os Estados Unidos serão representados no funeral pelo atual encarregado de negócios da embaixada americana em Caracas, James Derham, o ex-congressista Bill Delahunt e o parlamentar Gregory Meeks, ambos democratas.

Velório

O corpo do presidente será velado por três dias na Academia Militar. O enterro deverá ocorrer na sexta-feira (8), mas o governo não divulgou ainda o local do sepultamento.

As homenagens a Chávez começaram durante a manhã com 21 tiros de canhão disparados em todas as unidades militares da Venezuela.

Ele disse ainda que canhões serão disparados a cada hora em todo o país até o dia do enterro de Hugo Chávez.

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, explicou, em pronunciamento transmitido pela TV, que a academia foi o local escolhido para a despedida por ser "o berço da revolução bolivariana" e "o lugar onde nasceu o presidente Chávez", como o próprio chefe de Estado manifestara.

Jaua indicou que a transferência será "acompanhada por todo o povo" e passará, entre outros locais, pela avenida dos Próceres, no oeste da cidade, cenário de diversos desfiles militares.

Morte

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, morreu aos 58 anos nesta terça-feira (5), vítima de um câncer na região pélvica, com o qual convivia há um ano e meio.

Desde que sua enfermidade foi diagnosticada, em junho de 2011, Chávez passava longos períodos em Cuba, onde tratava a doença.

O anúncio oficial da morte de Chávez foi feito por volta das 17h25 no horário local (18h55 no horário de Brasília) pelo vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro. No mesmo pronunciamento, Maduro confirmou que Chávez morreu às 16h25 (17h55h no horário de Brasília).

(Com agências internacionais)