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Coreia do Sul é alvo de suposto ciberataque da Coreia do Norte

Correntistas abandonam máquinas de caixa eletrônico de banco sul-coreano após tentarem checar suas contas, seguinte ao ataque sofrido pela rede bancária do país, paralisando todos os serviços - Ahn Young-joon/AP
Correntistas abandonam máquinas de caixa eletrônico de banco sul-coreano após tentarem checar suas contas, seguinte ao ataque sofrido pela rede bancária do país, paralisando todos os serviços Imagem: Ahn Young-joon/AP

Do UOL, em São Paulo

20/03/2013 05h39Atualizada em 20/03/2013 07h52

Os sistemas de informática das principais emissoras de televisão e de dois dos maiores bancos da Coreia do Sul ficaram completamente paralisados nesta quarta-feira (20). O governo sul-coreano investiga a possibilidade de ter sido um ciberataque da Coreia do Norte.

Pelo menos três cadeias de televisão - "KBS", "MBC" e "YTN" - e dois bancos - Shinhan e Nonghyup - informaram à Agência Nacional de Polícia que seus sistemas foram totalmente interrompidos às 14h locais (2h horário de Brasília) por motivos desconhecidos.

Telas ficaram em branco, e imagens de crânios apareceram em alguns computadores, levantando a suspeita de que hackers plantaram códigos nos sistemas sul-coreanos, informou a Agência de Segurança da Informação do país. Alguns computadores começaram a voltar a funcionar mais de duas horas e meia depois.

A polícia e oficiais sul-coreanos que investigam o desligamento dos sistemas disseram que, em um primeiro momento, não está claro o que provocou a pane. Mas especula-se que haja envolvimento da Coreia do Norte. Especialistas acreditam que um ciberataque orquestrado por Pyongyang foi provavelmente a causa do problema.

A paralisação dos sistemas de informática na Coreia do Sul ocorre em meio à intensificação das ameaças de Pyongyang, em resposta à punição imposta pela ONU em decorrência do lançamento de foguetes em dezembro do ano passado e em fevereiro deste ano. A ONU acredita que o país tenha realizado testes nucleares. Washington também expandiu as sanções contra a Coreia do Norte este mês, em uma tentativa de frear o programa nuclear do país.

Coreia do Norte reage a exercícios militares de Seul e Washington

A Coreia do Norte respondeu nesta quarta-feira com a ameaça de uma "forte ação militar" ao anúncio do desdobramento de bombardeiros americanos B-52, capazes de lançar bombas nucleares, na Coreia do Sul.

"As forças hostis nunca escaparão da forte ação de resposta militar (da Coreia do Norte) se esse bombardeiro estratégico voltar a fazer incursões na península coreana", indicou um porta-voz do governo norte-coreano citado pela agência estatal "KCNA".

O porta-voz, que não foi identificado pela agência, assegurou que o regime de Kim Jong-un "observa muito de perto os movimentos" dos B-52, que participam de um dos dois exercícios militares anuais de Seul e Washington em território sul-coreano.

A autoridade norte-coreana qualificou a presença deste "meio estratégico de ataque nuclear contra a península coreana" como uma "provocação imperdoável" feita à Coreia do Norte em um momento no qual a situação na região "está cada vez mais à beira da guerra".

Nas duas últimas semanas, a imprensa oficial norte-coreana elevou seu habitual tom belicista ao assegurar em diversas ocasiões que a guerra na península é iminente, além de ameaçar Coreia do Sul e EUA. (Com Efe e AFP)