Ex-refém de Cleveland teve perda de audição e lesões no rosto por causa de agressões
Das três mulheres que passaram cerca de uma década como reféns em uma casa em Cleveland, no Estado americano de Ohio, Michelle Knight, 32, parece ser a que mais sofreu agressões.
Enquanto Amanda Berry, 27, e Gina DeJesus, 23, já voltaram para suas casas, Michelle ainda está internada no hospital. Além de ter abortado cinco vezes por causa de agressões feitas pelo sequestrador Ariel Castro durante as vezes que ela engravidou, a jovem também teve uma perda significativa de audição e ficou com lesões permanentes na estrutura óssea do rosto.
Michelle também foi a refém que ficou mais tempo no cativeiro, já que foi a primeira a ser sequestrada, em 2002.
Das três reféns, Michelle também é a que tem a história de vida anterior ao sequestro mais dramática. Durante o ensino médio, a jovem sofreu com bullying, parou de estudar, engravidou ainda adolescente e perdeu a guarda do filho pouco antes de ser sequestrada.
Por causa disso, quando desapareceu, seus familiares desconfiaram que Michelle havia fugido e nem desconfiaram que o caso poderia ser de sequestro. Após um tempo, a família considerou que a jovem havia morrido e, por isso, nem ao menos fez uma vigília, ao contrário do que aconteceu com Amanda e Gina.
O nome de Michelle foi retirado do banco de dados do FBI em novembro de 2003, depois que a mãe da jovem, Barbara, se mudou para a Flórida. Os agentes alegaram que não conseguiram contato com a família para saber se a garota ainda estava desaparecida.
Agora que saiu do cativeiro onde passou seus 11 últimos anos, Michelle rejeita receber a visita de sua mãe e de sua avó.
"Não --a pedido dela. Ela não quer ser vista pela família", disse Deborah Knight, avó da moça, à Reuters.
Um dos dois irmãos de Michelle, Freddie Knight, esteve no hospital e a visitou imediatamente depois de ela ser localizada pela polícia dentro da casa onde passou anos presa. "Sua pele estava branca como um fantasma", disse Freddie. "Ela me disse que estava animada em começar uma nova vida." (Com agências internacionais)
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