Eleição de Vannuchi para cargo na OEA é o desafio do governo brasileiro no momento
Com a eleição do embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo para o cargo de diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o governo do Brasil quer aumentar o número de representantes em entidades internacionais. O principal desafio do momento é a eleição, em junho, do ex-ministro Paulo Vannuchi a uma das três vagas da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), vinculada à OEA (Organização dos Estados Americanos).
Em dois anos, a vitória de Azevêdo para a OMC foi a segunda nas negociações para cargos em organismos internacionais. A primeira foi em junho de 2011 com a eleição de José Graziano da Silva para o cargo de diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação).
O último brasileiro a integrar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos foi o acadêmico Paulo Sérgio Pinheiro. Respeitado internacionalmente, ele foi designado para ser o coordenador da comissão independente que investiga as acusações de violações de direitos humanos na Síria – cuja crise dura dois anos e matou mais de 70 mil pessoas.
Paulo Vannuchi é um dos seis candidatos que disputam uma das vagas no organismo, para cumprir mandato no período de 2014 a 2017. A eleição ocorrerá durante a 43ª Assembleia Geral, nos dias 3 a 6 de junho, na Guatemala. Caso seja eleito, ele não poderá participar de discussões e votações relativas a denúncias que envolvam o Brasil. O mesmo vale para os demais representantes e seus países.
A candidatura de Paulo Vannuchi, que é cientista social, consultor político e que esteve à frente da Secretaria de Direitos Humanos. de 2005 a 2010, foi formalizada no fim de março. Atualmente, ele é diretor do Instituto Lula.
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