Marinha envia nova fragata para integrar força-tarefa em missão de paz no Líbano
A Marinha brasileira enviou nesta segunda-feira (10) uma fragata com 242 militares para integrar a força-tarefa marítima da Missão de Paz das Nações Unidas no Líbano (Unifil). A fragata União substituirá a Constituição, que vem atuando como centro de comando da força-tarefa desde janeiro deste ano.
Além de treinar soldados da Marinha libanesa, a tropa brasileira auxiliará o governo local no combate à entrada ilegal de armas no sul do país. A embarcação saiu da Base Naval do Rio de Janeiro às 11h desta segunda-feira e deve chegar a Beirute, capital do Líbano, no dia 11 de julho.
O Brasil comanda a força-tarefa da Unifil desde o final de 2011, e a fragata União foi a primeira embarcação brasileira a participar da missão. Na primeira operação, o navio ficou na costa libanesa de outubro de 2011 a julho do ano passado.
Segundo o capitão de fragata Gustavo Calero Garriga, a embarcação brasileira é a principal em um grupo de nove navios que realizam missões na região. São três navios alemães, dois de Bangladesh, um da Grécia, um da Indonésia e um da Turquia.
"Sabemos que, tradicionalmente, trata-se de uma região com muitos conflitos, mas nossos homens não registraram nenhuma ocorrência grave neste período em que estamos lá. Temos total apoio das autoridades libanesas e vamos seguir com nossas missões para garantir a paz e a segurança no país”, disse Garriga.
Ao se despedir do filho, o marinheiro Guilherme Araújo, de 26 anos, a aposentada Regina Neto chorava, apreensiva, por considerar a viagem arriscada. "Ao mesmo tempo em que me orgulho dele por estar ajudando pessoas que precisam, do outro lado do mundo, o meu coração fica muito apertado. Eu espero que tudo corra bem e que ele possa voltar para a sua família novamente.”
Segundo a Marinha, historicamente, o Líbano sofre com a entrada ilegal de armas feitas por embarcações piratas pelo Mar Mediterrâneo. A missão de paz no Líbano foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1978 e conta com a participação de 35 países, incluindo o Brasil, que já enviou cerca de 12 mil militares e policiais desde 2011.
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