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Número de mortos no Egito passa de 270 e pode aumentar, diz governo

Manifestantes a favor do presidente egípcio deposto, Mohammed Mursi, correm durante os confrontos em Nasr, distrito da cidade do Cairo, no Egito - Manu Brabo/AP
Manifestantes a favor do presidente egípcio deposto, Mohammed Mursi, correm durante os confrontos em Nasr, distrito da cidade do Cairo, no Egito Imagem: Manu Brabo/AP

Do UOL, em São Paulo

14/08/2013 17h06Atualizada em 14/08/2013 21h56

Pelo menos 278 pessoas morreram e 2.001 ficaram feridas durante confrontos no Egito nesta quarta-feira (14), segundo o Ministério da Saúde do país. O governo admite que o número deve aumentar, pois há mortos ainda não contabilizados em várias regiões do país. 

Na manhã desta quarta-feira (14), agentes de segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo para desmontar dois acampamentos onde estão manifestantes favoráveis ao presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi. Houve confrontos, mas não está claro quem atirou contra quem; os dois lados acusam um ao outro pelas mortes. 

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Após os confrontos, a junta militar que governa o Egito declarou estado de emergência no país e um toque de recolher de pelo menos um mês. O premiê interino egípcio, Hazem Beblawi, foi à TV pedir calma à população e dizer que "o banho de sangue só alimenta a crise". Segundo ele, ninguém quer um governo militar nem religioso, mas é preciso tempo para o governo interino implementar as mudanças necessárias no país.

A comunidade internacional condenou as mortes durante os protestos. O presidente dos EUA, Barack Obama, criticou o toque de recolher; o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, e chefes de Estado de outros países chamaram o episódio de "massacre" e cobraram uma ação do conselho de segurança da ONU e do governo egípcio.