Obama diz que Mandela deu voz a oprimidos e uniu o país
O presidente norte-americano Barack Obama foi o primeiro presidente a discursar na cerimônia em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, realizada nesta terça-feira (10) no estádio FNB -também conhecido como Soccer City- no bairro de Soweto, em Johannesburgo. O americano afirmou que Madiba -como é conhecido pelos sul-africanos- "deu voz aos oprimidos e uniu o país".
Obama comparou Mandela a outros líderes mundiais como Gandhi (lideraram movimentos de resistência), Martin Luther King (deu voz a oprimidos) e Abraham Lincoln (uniu o país).
"A luta dele era a luta de vocês, o triunfo dele é o triunfo de vocês. A dignidade e a esperança acharam modos de se expressar na vida dele. Sua liberdade e democracia é seu legado", afirmou. "Ele conquistou seu lugar na história através de luta, ousadia e fé. Mandela nos mostrou o poder da ação. De aceitar riscos em nossos ideiais."
Análise e opinião
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Durante seu discurso, Obama lembrou que Mandela aceitou as consequências de suas ações e repetiu o discurso de Madiba feito em seu julgamento, em 1964.
"Lutei contra a dominação branca e a dominação negra. Eu brigo pelo ideal de democracia e de uma sociedade livre em que todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais", disse.
Segundo Obama, Mandela também ensinou o poder das ideias que "não podem ser contidas pelas paredes de uma prisão ou ser extinta pela bala de um atirador".
O norte-americano saudou a constituição sul-africana por proteger as minorias e lembrou o conceito de "ubuntu", que significa "humanidade para com os outros".
Segundo Obama, Mandela o faz querer ser "um homem melhor". E terminou dizendo que Madiba fará falta.
"Que Deus abençoe a memória de Mandela e o povo da África do Sul."
Obama foi ovacionado pelas arquibancadas durante boa parte de seu discurso. Antes de subir ao palco, o americano fez questão de apertar as mãos do presidente cubano Raúl Castro. Ele também cumprimentou Dilma Rousseff com um beijo.
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