Manifestação contra Hollande termina em confronto em Paris; 19 ficam feridos e 150 são detidos

Pelo menos 19 pessoas ficaram feridas e 150 foram detidas neste domingo (26), após confrontos durante protesto contra o presidente francês, François Hollande, em Paris (França), segundo o jornal "Le Monde".

Segundo a publicação, todos os feridos são policiais que tentavam conter o tumulto. Os manifestantes exigiam a saída de Hollande do governo em resposta a uma convocação pública de protesto pela política do governo.

Cerca de 17 mil pessoas, segundo a polícia, ou 120 mil de acordo com os organizadores, desfilaram da Praça da Bastilha contra de Hollande, em uma convocação de vários coletivos que se opõem a diferentes pontos da política do governo.

A diversidade dos grupos participantes, sem a participação de políticos, foi uma das características dos manifestantes, que percorreram as ruas parasienses sob a chuva e lançaram gritos de "Hollande, vá embora", lema que pôde ser visto ver nos últimos dias nos cartazes que convocavam para a passeata.

Desde partidários do movimento contestatório bretão dos barretes vermelhos até representantes dos movimentos contrários ao casamento homossexual participaram da manifestação, convocada nos últimos dias enquanto aumentava a polêmica em torno da vida privada de Hollande.

O coletivo "Dia de Cólera" reúne meia centena de associações de caráter conservador e é a favor da "de um novo contrato social baseado na rejeição da oligarquia, tanto de direitas como de esquerda".

Na convocação distribuída à imprensa o coletivo diz que "Hollande faria melhor em renunciar imediatamente se não, o Dia de Cólera o perseguirá na rua antes de castigá-lo nas urnas".

Os participantes gritaram palavras de ordem homofóbicas e a favor da unidade da França. Foi possível identificar alguns membros de um grupo conhecido como Homen, o equivalente masculino do grupo Femen, que se apresentaram em várias ocasiões sem camisa para protestar contra o casamento homossexual aprovado no mandato de Hollande. (Com Efe)