Coreias concordam em reunir famílias separadas pela guerra
As Coreias do Norte e do Sul concordaram nesta quarta-feira (5) em realizar reuniões de famílias separadas após a Guerra da Coreia (1950-1953). O encontro deve ocorrer entre 20 e 25 de fevereiro, no complexo hoteleiro do monte Kumgang, situado em território norte-coreano. A última reunião do tipo ocorreu três anos atrás.
O acordo marca um pequeno sinal de progresso entre os dois rivais, que nos últimos anos têm se esforçado para colaborar mesmo nas medidas mais básicas para estabelecer uma confiança.
No ano passado um encontro semelhante foi cancelado pela Coréia do Norte apenas quatro dias antes da data prevista. Pyongyang alegou "hostilidade" do sul. Há preocupações generalizadas de que as famílias podem acabar decepcionadas novamente.
Entre as pessoas que solicitaram participar dos reencontros familiares, 80% têm idade superior aos 70 anos, segundo Seul, e vários desses idosos morrem todos os anos sem poder reencontrar seus parentes do outro lado da fronteira.
Exercícios Militares
As reuniões estão agendadas para ocorrer ainda este mês, entre os dias 20 e 25 de fevereiro, depois de mais de três anos do último encontro.
O movimento de aproximação ocorre semanas antes do começo dos exercícios militares anuais na Coreia do Sul, realizados em parceria com os EUA, que são sempre um ponto de inflamação diplomática na península coreana e no ano passado resultaram em um período prolongado de tensões militares elevadas.
Yoo Ho-Yeol, professor de Estudos Norte-coreanos na Universidade de Seul, previu que o Norte usaria a reunião como uma moeda de troca.
"Ao invés de cancelar o evento novamente, pode tentar extrair concessões, como um redimensionamento dos exercícios militares conjuntos, ou um abrandamento das sanções sul-coreanas”, disse Yoo.
Sessenta anos após o fim da guerra, muitos dos que sofreram a divisão de suas famílias já morreram. A maioria dos que ainda vivem está em idade avançada. (Com agências internacionais)
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