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Chanceler britânico diz estar preocupado com violência na Venezuela

O secretário de Relações Exteriores britânico William Hague chega ao Palácio do Itamary, em Brasília - Marcelo Camargo/Agência Brasil
O secretário de Relações Exteriores britânico William Hague chega ao Palácio do Itamary, em Brasília Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Carolina Sarres

Da Agência Brasil, em Brasília

18/02/2014 14h53

O secretário de Estado para Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, disse nesta terça-feira (18) estar preocupado com a situação da Venezuela, especialmente em relação às informações de que o governo estaria reprimindo protestos pacíficos. "A liberdade de expressão e de reunião pacífica são essenciais. São direitos universais que têm de ser respeitados", disse o chanceler britânico.

Hague iniciou na segunda (170 uma viagem no Brasil, com agenda em Manaus, Brasília e São Paulo. Hoje, ele encontrou-se com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, para discutir os interesses dos dois países e o cenário internacional.

A Venezuela está em crise nos últimos dias devido à convocação de protestos por parte da oposição. Os confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes, que resultaram em mortos e feridos, foram condenados por grupos regionais como o Mercosul e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

A posição Brasil, expressa nos comunicados dos dois blocos de países da América do Sul, é a de observar os próximos acontecimentos. "Temos a expectativa de que haja uma convergência dentro de um respeito à institucionalidade e à democracia, e que não haja o tipo de distúrbio que vimos na semana passada, em que vidas foram perdidas e que lamentamos", disse o chanceler Luiz Alberto Figueiredo.

Estão marcadas para hoje novas marchas na capital venezuelana, Caracas. Apesar do clima moderado nas ruas, nas redes sociais e nos meios de comunicação, oposição e governo trocam acusações e denunciam manipulação de informações. O presidente do Parlamento venezuelano, Diosdado Cabello, informou que a marcha da oposição não está autorizada e que as forças de segurança não permitirão que os manifestantes cheguem perto do Ministério do Interior, um dos locais de protesto.