Manifestantes aceitam acordo do governo ucraniano, diz ministro
O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, afirmou nesta sexta-feira (21) que os manifestantes que ocupam a praça Independência, em Kiev (Ucrânia), aceitaram o acordo proposto pelo presidente Viktor Yanukovitch.
De acordo com o chanceler, o conselho cívico dos manifestantes autorizou a oposição a assinar um acordo com o governo. “Se vocês não apoiarem o acordo, terão lei marcial e o Exército. Vocês estarão todos mortos”, disse Steinmeier aos representantes do movimento.
Um dos principais líderes antigoverno, o ex-boxeador Vitaly Klitschko afirmou que o acordo será assinado. Segundo a imprensa local, os membros da oposição se dirigem agora para o gabinete do presidente para assinar o pacto.
Não se sabe se os manifestantes exigiram alguma condição para o reconhecimento da proposta de Yanukovytch. O líder opositor Oleh Tyahnybok afirmou que o acordo só irá funcionar se o atual ministro do interior e o procurador-geral não integrem o governo interino que será criado em breve.
Impasse com a Rússia motivou revolta
As manifestações começaram em novembro, depois que o presidente Viktor Yanukovych anunciou sua decisão de não assinar um acordo de cooperação com a União Europeia, que poderia, no futuro, ter a Ucrânia como um de seus membros.
A questão, no entanto, é mais complexa e tem raízes na história recente do país, nascido após a desintegração da ex-União Soviética.
O país está no meio de uma disputa de forças entre grupos que querem mais proximidade com a União Europeia e outros que têm mais afinidade com a Rússia.
Sanções
Ontem ministros de Relações Exteriores da União Europeia reunidos em Bruxelas (Bélgica) concordaram em impor sanções "aos responsáveis pela violência e o uso excessivo de força" na Ucrânia. Pelo menos 39 pessoas morreram nesta quinta no país.
Em comum acordo, o bloco decidiu cancelar os vistos e congelar os bens dos que "têm as mãos manchadas de sangue", afirmou a chefe de política externa do bloco, Catherine Ashton, em um pronunciamento que aponta para punições direcionadas a ambos os lados.
Especialistas dizem que a medida ajudou a pressionar o governo a tomar medidas conciliatórias para acabar com a escalada da violência no país. (Com agências internacionais)
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