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Obama anuncia nova rodada de sanções à Rússia, que retalia

Do UOL, em São Paulo

20/03/2014 12h14Atualizada em 20/03/2014 13h01

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou, na manhã desta quinta-feira (20), sanções adicionais a funcionários, bancos e setores econômicos da Rússia, em resposta à anexação da península da Crimeia pelos russos. 

Em retaliação, a Rússia anunciou que legisladores e funcionários do governo dos Estados Unidos estão proibidos de viajar para o país.

"Estas sanções não terão apenas um impacto significativa sobre a economia russa, mas também podem ser impactantes para a economia global", disse o presidente Obama.

"A Rússia precisa saber que uma uma escalada mais aprofundada irá apenas isolar a Rússia da comunidade internacional ainda mais", continuou o presidente norte-americano. "Estas são escolhas que o governo russo tomou. Escolhas que tem sido rejeitadas pela comunidade internacional." 

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De acordo com Obama, as novas sanções irão atingir funcionários do governo russo, bancos e outras empresas e indivíduos que ofereçam suporte às ações russas na Crimeia.

Desde o último dia 28 de fevereiro, tropas não identificadas tomaram o controle da península da Crimeia. No último dia 18 de março, o presidente Putin validou um referendo realizado na região e oficializou a anexação da península à Federação Russa. 

Em seu pronunciamento desta quinta-feira (20), Obama classificou o referendo e a anexação da Crimeia como ilegais e ilegítimos. 

Os detalhes das sanções adicionais ainda não foram divulgados, mas o anúncio acontece no mesmo dia em que a chanceler alemã, Angela Merkel, divulgou que líderes da União Europeia iriam aprofundar as sanções já impostas pelo bloco ao governo russo. 

Apesar das sanções, Obama disse que as relações diplomáticas com a Rússia continuam e defendeu uma saída diplomática para o impasse.

"O senhor Putin precisa entender que os ucranianos não deveriam ter de escolher entre o Ocidente a Rússia. Nós queremos que os ucranianos determinem os seus próprios destinos", disse Obama. 

A Crimeia, que abriga a frota russa no mar Negro, foi parte da Rússia até 1954, quando o então dirigente soviético Nikita Kruschev passou seu controle à Ucrânia.