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Buscas pelo voo MH370 podem custar US$ 250 milhões, dizem autoridades

O veículo submarino Bluefin 21 é içado por navio da Defesa australiana, durante as buscas ao voo MH370, da Malaysia Airlines - Defesa Australiana/Reuters
O veículo submarino Bluefin 21 é içado por navio da Defesa australiana, durante as buscas ao voo MH370, da Malaysia Airlines Imagem: Defesa Australiana/Reuters

Do UOL, em São Paulo

17/04/2014 21h14

Uma busca prolongada pelas partes do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, desaparecido no dia 8 de março, poderia custar quase US$ 250 milhões, se empresas privadas continuarem emprestando sua tecnologia e recursos, informaram nesta quinta-feira (17) autoridades do setor de transportes da Austrália. Um drone realizou sua primeira busca submarina nesta quinta-feira (17), sem resultados concretos.

As equipes de resgate estão preparadas para a possibilidade de uma busca submersa com drones, que fazem a leitura do material depositado no leito oceânico, não trazer resultados imediatos na busca dos destroços do voo MH370.

Se a caixa preta ou destroços do avião não forem encontrados, a equipe multinacional de resgate terá de rever sua estratégia, informou nesta quinta-feira (17) o ministro interino dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein.

“Vai chegar o momento em que teremos de reconsiderar nossas decisões”, afirmou Hussein. “Mas qualquer que seja a decisão, as buscas vão prosseguir. É apenas uma questão de mudar a abordagem”.

Segundo Martin Dolan, comissário chefe do Bureau de Transporte e Segurança da Austrália, o envolvimento de empresas com alta tecnologia na busca pelo avião desaparecido no Oceano Índico custariam perto de US$ 234 milhões. O valor incluiria uma busca em leito oceânico com drones e imagens de satélite da Inmarsat PLC.

O drone Bluefin-21 completou sua primeira missão ao esquadrinhar uma área de 120 quilômetros quadrados, em profundidades entre 3.200 e 4.700 metros.

Pertencente à Phoenix International Holdings, o drone Bluefin teve de abortar sua missão duas vezes nesta semana. Na primeira, o equipamento perdeu comunicação com a central ao ultrapassar a profundidade limite para a qual foi criado, que é de 4.500 metros. Na segunda, os especialistas registraram uma falha técnica.

O terceiro mergulho foi considerado “muito produtivo”, quando o Bluefin passou 13 horas submerso.

Entretanto, após quatro mergulhos, a empresa informou que “não foram encontrados sinais de destroços da aeronave”.

O drone leva duas horas para chegar até o leito oceânico e outras duas para retornar à superfície. Ele escaneia a área por 16 horas para recolher todas as informações, que então são processadas durante quatro horas.

Segundo a Marinha dos Estados Unidos, a profundidade máxima da região é de 4.600 metros. A Phoenix informou que é possível reprogramar o equipamento para atingir até 5.000 metros.