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Naufrágio pode ter sido causado por manobra rápida, dizem autoridades

Agentes da Guarda Costeira recuperam corpo de uma das vítimas do naufrágio da balsa Sewol, no litoral da Coreia do Sul - Jeon Heon-Kyun/Efe
Agentes da Guarda Costeira recuperam corpo de uma das vítimas do naufrágio da balsa Sewol, no litoral da Coreia do Sul Imagem: Jeon Heon-Kyun/Efe

Do UOL, em São Paulo

17/04/2014 18h36Atualizada em 17/04/2014 22h07

Autoridades envolvidas na investigação do naufrágio da balsa Sewol nesta terça-feira (15) (dia 16, fuso local) a 20 km da costa na Coreia do Sul, afirmaram que a embarcação pode ter afundado por causa de uma manobra rápida, que teria feito com que os veículos e a carga se movimentassem a bordo –desequilibrando o navio.

Segundo Kim Soo Hyeon, chefe da Polícia Marítima, há indicações de que a balsa desviou-se de sua rota planejada, mas que não havia atingido uma rocha, como chegou a ser veiculado.

A informação contraria uma nota divulgada anteriormente por um porta-voz do Ministério da Pesca e dos Oceanos da Coreia do Sul, que disse que o navio não estava significativamente fora do curso traçado.

Uma especialista ouvida pela rede americana CNN, Mary Schiavo, afirmou que a causa do naufrágio poderia estar ligada ao fato da balsa ter atingido uma rocha, enquanto o capitão aposentado Jim Staples disse acreditar que o navio estava tentando recuperar o tempo, já que partiu com duas horas de atraso de Incheon, por causa da neblina.

A empresa que opera a balsa, Chonghaejin Marine Corp., disse que não tinha explicações até o momento, apenas desculpas a pedir. “Nós pedimos profundas desculpas aos familiares e mais uma vez sentimos muitíssimo pelo que aconteceu”, afirmou o diretor da companhia, Kim Young-bung.

“Nossa empresa promete fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para não perder mais vidas”.

A balsa Sewol transportava 475 passageiros, além da tripulação. Até o momento, 179 pessoas foram resgatadas e 25 mortes confirmadas. Os mergulhadores das Forças Especiais já tentaram entrar oito vezes no navio, que tem apenas uma parte visível fora da água, para tentar resgatar vítimas que possam estar presas em bolsões de ar dentro da embarcação.