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Em ligação a Netanyahu, Obama reitera direito de Israel de se defender

Do UOL, em São Paulo

27/07/2014 17h38

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ligou neste domingo (27) para o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, para reiterar a preocupação do país com as mortes de civis palestinos e israelenses. Obama, no entanto, reafirmou que Israel “tem o direito de se defender”. O conteúdo da conversa entre os líderes foi divulgado pela Casa Branca.

Segundo o comunicado, Obama também teria expressado preocupação com a piora da situação humanitária em Gaza. “O cessar-fogo deve permitir tanto que palestinos em Gaza levem uma vida normal como também abordar o desenvolvimento de Gaza e suas necessidades econômicas a longo prazo”, diz o comunicado.

O presidente norte-americano disse ainda que é “estrategicamente imperativo” alcançar um cessar-fogo “imediato, incondicional e humanitário” que leve ao fim das hostilidades mútuas. O acordo, como já divulgado anteriormente, teria como base a proposta de cessar-fogo de novembro de 2012. Na época, o acordou deu fim a oito dias de ataques aéreos israelenses em alvos do Hamas.

Obama teria enfatizado, ainda, que a solução para o conflito passa pela garantia do desarmamento de grupos terroristas armados e a desmilitarização de Gaza.

Neste domingo, apesar da proposta da ONU de um cessar-fogo de 24 horas, os ataques mútuos continuaram. O primeiro ministro de Israel rejeitou o pedido de cessar-fogo do Hamas, e disse que o próprio grupo não respeita a pausa proposta.

"Eles violaram seu próprio cessar-fogo. Dispararam mísseis logo após anunciarem que queriam uma pausa humanitária", disse em entrevista à rede norte-americana CNN. "Vamos continuar com as nossas operações. Vamos fazer o que for possível para proteger a população."

Mais de mil mortos, entre eles 218 crianças

Após a trégua de 12 horas do sábado (26), centenas de corpos que estavam sob escombros em Gaza foram recolhidos, o que aumentou o número de mortes palestinas para mais de mil, segundo a ONU e autoridades locais.

A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) estima que ao menos 218 crianças foram mortas no confronto entre militares israelenses e radicais do Hamas. Desse total, dois terços delas teriam idade inferior a 12 anos.Do lado israelense, 43 soldados e três civis foram mortos em 20 dias de conflito. (Com agências)