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Mais de 2.000 sírios morrem em 2 semanas de combates entre rebeldes e governo

Equipes de resgate retiram um homem dos escombros de uma casa em Aleppo, na Síria, após a explosão de uma bomba no bairro de Sakhour - Zein Al- Rifai/AFP
Equipes de resgate retiram um homem dos escombros de uma casa em Aleppo, na Síria, após a explosão de uma bomba no bairro de Sakhour Imagem: Zein Al- Rifai/AFP

Do UOL, em São Paulo

28/07/2014 20h36

Mais de 2.000 sírios –dos quais metade seriam de forças pró-governo– morreram em duas semanas de combates, afirmaram nesta segunda-feira (28) ativistas da oposição Síria. É um dos períodos de maior violência desde o início da guerra civil no país há três anos.

Segundo a agência “Associated Press”, o relatório reflete a violência dos recentes ataques do EI (Estado Islâmico) contra forças do governo do presidente Bashar Al Assad.

Desde que Assad foi reeleito para um terceiro mandado à frente da Síria, o EI intensificou ataques em três províncias diferentes no norte e centro do país. Na última ofensiva, ao menos 300 soldados foram mortos no campo petrolífero de Shaer, retomado no sábado (26) pelo Exército sírio.

O EI, anteriormente conhecido como o Estado Islâmico no Iraque e no Levante, avançou na Síria e tomou trechos de território no vizinho Iraque, no que descreveu como uma tentativa de estabelecer um califado islâmico.

Além da Síria, o EI tomou grandes porções em territórios no norte e oeste do Iraque.

As mortes, no entanto, não se resumem às de rebeldes e soldados. No ataque mais recente, 15 civis, entre eles seis crianças, morreram em bombardeios noturnos da aviação síria e disparos de morteiro rebeldes na cidade de Aleppo, norte do país, informou o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos).

O OSDH afirma que, desde março de 2011, cerca de 171 mil pessoas foram mortas na Síria: 39 mil seriam das forças do governo, 24 mil de homens pró-governo, 15,4 mil rebeldes, 2.300 mil desertores e 500 libaneses do Hezbolah. O restante seriam civis. (Com AP e AFP)