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Hamas rejeita novamente trégua ''sem fim dos ataques e de bloqueio'' em Gaza

Do UOL, em São Paulo

29/07/2014 18h10Atualizada em 29/07/2014 18h19

O Hamas afirmou que vai rejeitar qualquer acordo de cessar-fogo que não inclua o fim da campanha militar de Israel e a retirada do bloqueio à Faixa de Gaza. A declaração foi dada nesta terça-feira (29) por Mohammed Deif, chefe do braço militar do movimento, lembrando a posição do Hamas desde o início do conflito. 

"O movimento islamita palestino não vai aceitar um "cessar-fogo sem o fim da agressão e a retirada do cerco", disse Deif. Lida na rádio e na televisão do Hamas, essa declaração reitera a posição dos líderes do movimento islamita desde o início da guerra com Israel, em 8 de julho.

Yuval Steinitz, ministro de Inteligência, Relações Internacionais e Assuntos Estratégicos de Israel de Israel, afirmou à rede “CNN” que, após essa declaração do Hamas, ''o país vai ter muita cautela” em avaliar novas propostas de cessar-fogo. 

A rejeição ao cessar-fogo foi anunciada antes de uma importante viagem ao Cairo de uma delegação com representantes dos principais movimentos políticos palestinos, incluindo o Hamas, anunciada pela OLP (Organização pela Libertação da Palestina).

Mapa Israel, Cisjordânia e Gaza - Arte/UOL - Arte/UOL
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza
Imagem: Arte/UOL
As autoridades palestinas devem se reunir na capital egípcia com dirigentes locais, que normalmente são os intermediários nas negociações entre israelenses e palestinos.

Uma reunião do gabinete de segurança de Israel, que reúne os principais ministros do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, está prevista para quarta-feira às 14h (08h de Brasília), de acordo com a imprensa israelense.

Nesta terça, um dia após o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ter alertado para uma "ofensiva prolongada" em Gaza, o território palestino enfrenta um de seus piores bombardeios em 22 dias de conflito.

De acordo com fontes palestinas da ONU, mais de 110 palestinos, a maioria civis, morreram nas últimas 24 horas, ultrapassando 1.100 desde 8 de julho. Até ontem, 229 crianças haviam sido mortas. (Com AFP)