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Cibercriminosos atacaram empresas do sistema antimísseis de Israel, diz empresa

Sistema defensivo Iron Dome do Exército israelense é posicionado nos arredores de Haifa, Israel - Jack Guez/AFP
Sistema defensivo Iron Dome do Exército israelense é posicionado nos arredores de Haifa, Israel Imagem: Jack Guez/AFP

Do UOL, em São Paulo

31/07/2014 16h38

Cibercriminosos da China teriam acessado segredos militares do sistema antimísseis de Israel, conhecido como Iron Dome (Domo de Ferro), segundo informações divulgadas na última segunda-feira (28) por uma empresa de segurança.

O ataque foi divulgado por Brian Krebs, que mantém um blog sobre segurança. Ele obteve as informações sobre o vazamento dos documentos pela CyberESI, empresa especializada em segurança. As empresas israelenses atacadas seriam a Israel Aerospace Industries e a Rafael Advanced Defense Systems.

De acordo com a “BBC”, foram roubados pelos hackers “durante meses” centenas de documentos das duas empresas --que tratam do sistema Iron Dome, drones e mísseis, e pertencem ao governo de Israel. As companhias, no entanto, negaram que suas informações secretas tenham sido acessadas.

A CyberESI rastreou as atividades dos cibercriminosos entre 2011 e 2012. Como os ataques usaram técnicas muito semelhantes às de hackers chineses contra entidades de inteligência do governo dos Estados Unidos, isso indicaria a origem da ameaça. Informações técnicas e contendo propriedade intelectual em documentos Word, Power Point, em formato PDF e e-mails estariam entre os dados vazados.

“A natureza dos dados roubados e o ramo de atuação das empresas atacadas indica que hacker chineses estavam atrás de informações do sistema de defesa aéreo de Israel chamado Iron Dome”, diz o relatório da CyberESI.

Desde o início da operação ''Margem Protetora'' na faixa de Gaza, Israel afirma ter interceptado usando o Iron Dome ao menos 400 mísseis atirados pelo Hamas. Em 24 dias de ofensiva, cerca de 1.400 palestinos morreram, segundo o Ministério da Saúde em Gaza, entre eles pelo menos 251 crianças, e os feridos são mais de 7.000. Do lado israelense, são 59 mortos, dos quais três são civis. (Com BBC)