Obama cogita coalização regional contra o EI, e descarta ação militar na Síria

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o envio do secretário de Estado do país, John Kerry, ao Oriente Médio para construir uma estratégia regional mais ampla contra o Estado Islâmico. Atualmente, o grupo extremista islâmico domina dezenas de cidades na Síria e Iraque. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na Casa Branca nesta quinta-feira (28).

Obama criticou o presidente da Síria, Bashar Al Assad, pela fraca atuação do governo do país contra os extremistas islâmicos. “Assad parece não ter a capacidade nem o alcance para retomar cidades invadidas. Vamos continuar apoiando ações locais, porque as pessoas ali precisam ter mais opções além de Assad ou EI”, disse.

No entanto, o presidente norte-americano descartou, pelo momento, uma ação militar na Síria. “Quero que as pessoas tenham certeza do que estamos fazendo agora, porque é algo limitado. Vamos formar a coalização necessária para uma estratégia a longo prazo. Ela terá um aspecto militar, e será importante que o Congresso [dos EUA] saiba qual será, em parte porque custará algum dinheiro.”

Mais uma vez, Obama ressaltou que o Estado Islâmico não é uma ameaça a ser combatida “apenas militarmente” e em curto prazo. “O EI representa o pior dos elementos na região e temos de lidar com ele coletivamente, e isso será um projeto em longo prazo.”

Execução em massa

O Estado Islâmico executou em 24 horas mais de 160 soldados sírios no norte do país, afirmou à "AFP" o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.

Em posts no twitter, o EI afirma ter feito 200 vítimas. O grupo divulgou imagens de extremistas encapuzados atirando em homens ajoelhados. Fotos também mostram homens sem roupa e feridos. 

Imagens de extremistas armados ao lado de prisioneiros, que seriam membros do exército fiel ao presidente Bashar Al Assad, foram postadas. Também foi publicada foto do corpo de um oficial sírio, que teria dado entrevista à televisão, afirmando que os extremistas não conseguiriam invadir a base de Tabqa, próxima à cidade de Raqqa. Não foi confirmada a autenticidade das imagens. (Com agências)