Enviado do papa vai investigar paróquia suspeita de assédio e pornografia
Um enviado especial do papa Francisco irá investigar uma paróquia italiana cujos padres são acusados de terem postado fotos pornográficas em sites gays, assediado fiéis e esvaziado os cofres da igreja, informou reportagem do jornal britânico "The Independent" nesta sexta-feira (24).
O "administrador apostólico" irá averiguar as denúncias que pesam sobre o diocese de Albenga-Imperia, no norte da Itália, que é administrada há 25 anos pelo bispo Mario Olivieri, 70 -- que não é apontado como autor de nenhum delito, mas acusado apenas de "leniência".
Há acusações de que alguns padres faziam "bico" como garçons, que outros fizeram tatuagens e que um deles liderava uma rede de prostituição infantil. Denúncias apontam ainda que alguns padres viviam com seus parceiros gays.
O padre Luciano Massaferro, afirma o jornal britânico, chegou a ser condenado a oito anos de prisão após ser considerado culpado de ter abusado sexualmente de um coroinha.
O caso foi trazido à tona pelos próprios paroquianos, que escreveram uma carta para o papa Francisco.
Questionado pelo jornal italiano "La Repubblica" sobre a investigação, o bispo Olivieri respondeu: "Não quero falar sobre isso. Não é o momento certo".
Já o porta-voz do Vaticano Ciro Benedettini disse ao "Daily Telegraph" que o caso não seria comentado por ser confidencial.
"Apenas soltaremos um comunicado ao fim da investigação, se alguma decisão for tomada."
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