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Mãe é presa na Austrália pela morte a facadas dos oito filhos

Do UOL, em São Paulo

19/12/2014 21h10

A mãe das oito crianças encontradas mortas a facadas, em uma casa na cidade australiana de Cairns, foi presa suspeita de ter cometido os assassinatos, informou a polícia neste sábado (horário local).

"A mãe, de 37 anos, de várias das crianças envolvidas nesse incidente foi presa por assassinato, durante a noite, e está sob custódia policial no Hospital de Cairns Base", disse à imprensa o inspetor de polícia Bruno Asnicar, acrescentando que a mulher não foi formalmente acusada. 

As crianças teriam sido encontradas por seu irmão mais velho, um rapaz de 20 anos, que chamou os policiais.

A mãe, uma mulher de 34 anos, também estava ferida com cortes --ela teria tentado o suicídio segundo a mídia local-- e foi levada a um hospital.

O companheiro dela, que não seria o pai, segundo a Sky News Australian, tem paradeiro desconhecido, por enquanto.

A polícia de Queensland informou que recebeu um chamado às 11h30 no horário local (22h30 de quinta-feira em Brasília) após relatos de uma mulher com ferimentos graves.

A casa fica em uma região pobre, com população de maioria aborígene, e a área enfrenta problemas de alcoolismo e violência, segundo relatos de vizinhos. De acordo com o repórter do jornal local "Cairns Post", em entrevista à rádio nacional ABC, "todos aqui são como parentes das pessoas envolvidas e as pessoas estão devastadas".

"Os vizinhos contam que a mulher era uma mãe orgulhosa, que amava profundamente os filhos e era muito, muito protetora", disse o jornalista.  

O primeiro-ministro do país, Tony Abbott, destacou que "todos os pais australianos estão sentindo uma tristeza imensa por aquilo que aconteceu". "Estes são dias difíceis para nosso país. Nesta noite, haverá lágrimas e orações de todo o nosso país por essas crianças. Os meus pensamentos vão também para a polícia de Queensland e a todos aqueles que terão que atender essa terrível situação", afirmou Abbot.  

Há quatro dias, um sequestro que durou mais de 16 horas em uma cafeteria de Sydney chocou a Austrália. Três pessoas morreram, entre elas o sequestrador. (Com agências internacionais)