Pai de piloto da Jordânia capturado pede piedade ao Estado Islâmico
O pai do piloto jordaniano Muadh al Kassasbe, 26, capturado pelo EI (Estado Islâmico), pediu que o grupo extremista tenha piedade e liberte seu filho, em entrevista a um jornal local da Jordânia nesta quinta-feira (25).
“Espero que Deus coloque piedade nos corações deles e que libertem meu filho”, disse Yusuf al-Kassasbeh ao “Saraya News”. "Eu lhes imploro, libertem-no, ele é um devoto muçulmano, nas suas missões sempre tinha o Corão do seu lado."
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também pediu aos sequestradores que "tratem o piloto segundo as regras do direito humanitário internacional".
Al Kassasbe estava em missão na quarta-feira (24) quando o avião F-16 que pilotava caiu em uma região controlada pelo EI em Raqqa, na Síria. Cerca de 24 horas depois, nenhuma informação nova foi divulgada sobre seu paradeiro.
O Pentágono negou que o EI tenha derrubado o caça, como garantiu o grupo jihadista, que capturou o piloto. "As evidências indicam claramente que o EI não derrubou o avião como a organização terrorista está reivindicando", indicou o Comando Central dos Estados Unidos em comunicado.
Destino incerto
Nael Mustafa, militante anti-EI em Raqa, afirmou à AFP via internet que os jihadistas estavam divididos sobre o destino do piloto. "Os chechenos querem matá-lo, enquanto os iraquianos querem mantê-lo com vida. Há algum tempo acontecem discussões entre eles sobre quem deve dar as ordens", explicou.
Segundo Mustafa, a decisão será tomada pelo Conselho Consultivo ("Majlis ach Shura"), uma instância com representação de todas as nacionalidades presentes no EI.
Comoção na Jordânia
Esse foi o primeiro avião perdido desde o início da campanha de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos no Iraque e na Síria.
A captura do jovem piloto, que casou recentemente, provocou uma grande comoção na Jordânia, onde o rei Abdullah II acompanha os esforços para obter o retorno do militar, segundo o exército.
O governo criou células de crise, segundo o jornal estatal “Al Rai”. (Com agências)
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