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Jihadista que matou reféns ocidentais é londrino de 26 anos

"John", em imagem retirada de vídeo com refém americano - Reprodução/BBC
"John", em imagem retirada de vídeo com refém americano Imagem: Reprodução/BBC

Do UOL, em São Paulo

26/02/2015 09h23

O jihadista do Estado Islâmico (EI) conhecido como "John", que tem sotaque britânico e foi responsável pelo assassinato de reféns ocidentais, foi identificado hoje como Mohammed Emwazi, 26, informou a rede britânica BBC.

Nascido no Kuwait, mas de nacionalidade britânica e morador de Londres, Emwazi era conhecido pelos serviços de segurança do Reino Unido, segundo a emissora.

De família rica, formou-se em tecnologia da informação pela Universidade de Westminster em 2009 e é fluente em árabe.

 Às vezes, ele rezava em uma mesquita de Greenwich (sudeste). Amigos acreditam que ele esteja na Síria desde 2012.

Apelidado pela imprensa como "Jihadista John", este membro do EI foi visto pela primeira vez em um vídeo divulgado pelo EI no mês de agosto de 2014 através da internet, quando apareceu no vídeo do assassinato do jornalista americano James Foley.

Os serviços secretos britânicos não queriam divulgar a identidade do jihadista por razões operativas, acrescentou a BBC.

A Universidade de Westminster confirmou que Emwazi saiu da instituição há seis anos e acrescentou: "Se essas alegações são verdadeiras, estamos chocados e enojados".

O "Jihadista John" também foi visto em vídeos transmitidos pelo EI quando decapitou o também jornalista americano Steven Sotloff, o voluntário britânico David Haine, o taxista britânico Alan Henning e o voluntário americano Abdul-Rahman Kassig.

Reféns libertados pelo EI  dizem que ele é um de quatro jihadistas britânicos que cuidavam dos ocidentais sequestrados pelo grupo na Síria. Por isso, os jihadistas foram apelidados de "John", "Paul", George" e "Ringo" pelos reféns, e coletivamente eram chamado de "Beatles".

O governo britânico expressou sua preocupação com os casos de jovens muçulmanos que viajam para a Síria para se unir ao EI.

O último caso é o de três adolescentes de entre 15 e 16 anos, que viajaram na semana passada à Turquia para ir depois para a Síria.  (Com agências internacionais e a BBC)