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Justiça proíbe Exército dos EUA de chamar Manning de "ele"

Montagem/Arquivo/Exército dos EUA
Imagem: Montagem/Arquivo/Exército dos EUA

Do UOL, em São Paulo

06/03/2015 08h21Atualizada em 06/03/2015 08h25

Uma corte americana proibiu o Pentágono de chamar a ex-soldado condenada a 35 anos de prisão por vazar milhares de documentos confidenciais do governo americano para o site WikiLeaks de "ele", informou o jornal britânico "The Guardian".

A ordem emitida pela Corte de Apelação Criminal do Exército determina que Chelsea Elizabeth Manning -- antes conhecida como Bradley Manning -- seja chamada em todas as comunicações futuras pelo pronome feminino "ela" ou então pelo neutro "Soldado de Primeira Classe Manning".

O Exército americano proíbe transsexuais em seus quadros. 

Manning foi diagnosticada com transtorno de identidade de gênero. Em abril do ano passado, ela teve autorização legal para mudar seu nome, mas continuava sendo tratada como homem em comunicações oficiais e audiências militares.

Em setembro, Chelsea processou o Pentágono pelo direito de receber tratamento de mudança de sexo

Em fevereiro passado, ela teve permissão para começar uma terapia hormonal na prisão

Nancy Hollander, advogada da soldado, disse que a decisão "é uma importante vitória para Chelsea, que tem sido maltratada pelo governo por anos", segundo o "Guardian".